26 de dezembro de 2011

A MORTE E A REENCARNAÇÃO

Antes de mais, devo avisar que o texto escrito representa uma opinião (a minha) e não representa o ponto de vista de qualquer religião, grupo, doutrina ou indivíduo (que não eu), mesmo que eu me identifique ou siga algum desses ideais.

Comecemos pelo fim: Medo da morte?
Sem sombra alguma. A morte é algo que não me assusta, acho que tenho mais respeito/medo ao sofrimento do que à morte em si. Não gostaria de morrer afogado ou queimado, gostaria de morrer normalmente: falência dos orgãos na velhice; mas como isso é algo que não posso escolher, abandonemos esta discussão e sigamos para o cerne da questão.

A morte para mim é uma passagem, o nascimento no plano espiritual - o simples desprendimento do espírito do corpo físico. Sim, porque acredito que somos imortais em espírito, que reencarnamos diversas vezes e que tudo obedece a Leis Divinas.


Hippolyte Léon Denizard Rivail
Antes que questionem, eu respondo já: SIM, sou seguidor da Doutrina Espírita. Aquela trazida pelos espíritos na Codificação de Allan Kardec (um pseudónimo de Hippolyte Léon Denizard Rivail).
E porque é que me identifico com esta doutrina? Porque foi a única que pela lógica me mostrou os factos.
Atenção, a reencarnação é apenas parte da Doutrina Espírita e neste post, para não fugir do tema, não aprofundaremos a doutrina, desta forma, peço que não tomem a parte pelo todo - dizer que a reencarnação é a Doutrina Espírita é o mesmo que dizer que um par de mãos é um Ser Humano.



A Reencarnação

Em que consiste a reencarnação?
Porque acredito nela?

Para se falar em reencarnação, temos de obrigatoriamente falar em alma ou espírito (há quem distinga, chamando alma ao espírito encarnado, ou seja, com corpo físico). Partindo do princípio que somos espíritos em progressão, a reencarnação mostra-se um agente depurador do Ser Humano. Desta forma, com diversas existências, a Lei de Ação-Reação toma toda a sua amplitude, pois ninguém sai impune dos males que possa ter causado aos outros e a si mesmo. Esses males traduzem-se em carga karmica que teremos de resgatar. Esse resgate tanto pode ser feito na mesma existência, como por exemplo, uma doença causada pelo tabagismo; ou pode ser feito noutra existência, como por exemplo, alguém que explorou um povo, vir a nascer no seio desse mesmo povo para provar do mal causado pelas suas decisões.
Os mais perniciosos, podem chamar isto de vingança Divina, mas trata-se apenas da aplicação da Lei de Ação-Reação: toda a ação tem uma respetiva reação - nada mais simples.
Mas a reencarnação serve para mais, não só para resgate karmico, mas também para missões ou expiações:
  • Missão: espírito com o intuito de ajudar o meio onde irá nascer;
  • Expiação: espírito com o intuito de se depurar a nível de reforma intíma.
Pois bem, e porque acredito que somos espírito e reencarnamos? Para além das explicações trazidas n'O Livro dos Espíritos, tenho a minha própria experiência sujeita ao meu sentido crítico.
O Livro dos Espíritos
Podemos ler sobre a reencarnação n'O Livro dos Espíritos (págs. 156 ~ 165). Eu ajudo a resumir com a seguinte dissertação:

Como pode o Homem explicar que, pessoas que nasçam em iguais ambientes e recebam a mesma educação, sejam tão diferentes? Onde vão buscar a sua forma de ser e pensar se não às suas próprias ideias que trazem na bagagem espiritual? Se não houvesse reencarnação, assumiríamos que o nosso cérebro e o nosso sistemas nervoso tinham a capacidade de criar intelecto, isto é, que um conjunto de atómos e moléculas unidas de determinada forma criam o Ser Humano e a sua personalidade. Como explicar a justiça de pessoas que nascem com problemas de saúde à nascença, em famílias que nunca registaram tais casos?

Certamente, não faltarão pessoas a responder a estas observações, mas o que dizer dos espíritos que se manifestam através dos médiuns? Será loucura ou devaneio de alguém? Não me parece, principalmente quando começas a ouvir da boca de um estranho, alguém falar de ti como se te conhecesse muito bem.

O Céu e o Inferno

Dante pensando porque ainda não abriu um blog.
Não, não acredito no Céu e no Inferno perpetrados pelo Catolicismo.
Deus, se é infinitamente bom e misericordioso, nunca sujeitaria alguém ao sofrimento eterno - se sujeitasse, seria altamente contraditório. Mas que existem zonas espirituais semelhantes aos Infernos descritos sim, como podemos ler no Inferno de Dante Alighieri (da obra Divina Comédia) - relatos da sua viagem Espiritual ao interior da Terra na companhia do seu amigo Virgílio, onde, em outras faixas vibratórias da matéria, Dante fica a conhecer para onde vão aqueles que precisam de evoluir moralmente. Mais recentemente, o médium Ranieri realizou uma viagem semelhante com o benfeitor espiritual Orcus na obra Abismo.

O Céu também é um assunto controverso, pois não acredito na imagem de pessoas a viverem para sempre na ociosidade. Acho que o trabalho existirá sempre, pois só dessa forma a Humanidade evolui - através do trabalho. Não confundir com a sociedade de trabalho que temos atualmente, que fica bem próximo da escravatura...

Resumindo, ninguém está condenado a penas ou glórias eternas, pois isso depende sempre da nossa conduta moral se queremos estacionar ou evoluir.

A Esperança

Em tom de conclusão, vejo a morte como uma passagem para o plano Espiritual - a nossa verdadeira pátria. Nesse lado, podemos ficar indefinidamente, consoante o nosso grau de evolução: desde horas, a dias meses, anos, séculos...mas enquanto formos espíritos imperfeitos, a reencarnação torna-se um impositivo, ajudando-nos a evoluir através das experiências na matéria. Não faz sentido, nem tem lógica alguma uma vida que começa no nascimento e termina irremediavelmente no leito da morte. Há algo mais, algo que veio antes e algo que vem depois...só assim a nossa existência e a nossa consciência fazem sentido.

Este é o meu ponto de vista.

Caros leitores, no que puder ajudar, façam favor. Os comentários são vossos!


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Brihadaranyaka Upanishad

Transforme-se em ti mesmo e descubra quem você é.

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Desperte para a regeneração da alma e do próprio corpo físico, começando por se desintoxicar daquilo que desequilibra a tua saúde física. Depure e purifique teus pensamentos, olhando mais para o Sol da verdade, do que para as nuvens da ignorância. Quem se faz luz não teme a escuridão, nem nevoeiros passageiros. Sabe que tudo que não for essencialmente divino, passa e se transmuta. Sendo assim, transmute-se!