31 de julho de 2011

A CHAVE DA TRANSFORMAÇÃO

Espiritualidade é a chave que nos capacita a entender e educar nossa força e bondade inata. A experiência nos conta que uma mudança positiva em um indivíduo causa um “efeito onda” em outros, inspirando a transformação pessoal. É assim que uma mudança interna traz mudança no mundo externo. Inicialmente, é um processo lento, porém, uma vez atingido um grande número de pessoas, torna-se muito rápido. Um exemplo disso é como a água em um pote congela. A princípio são só algumas moléculas que congelam, uma de cada vez, aqui e ali.
De repente, toda a água da tigela fica congelada. O mesmo acontece conosco.
Mudanças pessoais e sociais são muito lentas e levam um tempo que varia para cada um de nós. Entretanto, quando essa onda atingir muitas pessoas, haverá compreensão de que a espiritualidade é a chave de ouro para mudança. Quase sem ser notada, essa onda já pegou. O novo dia já começou. Um mundo de paz e verdade não está distante
. 

(Brahma Kumaris)


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30 de julho de 2011

A JORNADA

Muitos de vocês escolheram jornadas difíceis para esta vida, lições que os levariam de volta ao início, o ponto onde seus espíritos experimentaram inicialmente a separação. Muitos de vocês trouxeram esta experiência para a humanidade e permitiram que a separação fosse vivida por todos para que pudesse eventualmente ser curada por todos. Agora vocês voltaram ao início para isso, é também o final de suas jornadas, um tempo onde vocês poderão completar suas missões, curar, liberar e transformar esta energia para o planeta.


Da mesma forma que trouxeram a energia para a terra vocês estão agora fechando esses círculos de separação, dor, resistência e sofrimento. Se vocês estão vivendo sentimentos profundos de dor e sofrimento, isolamento e separação neste momento, isso ocorre por que vocês mantêm esta energia na energia do seu corpo em conexão com a terra. A cada vez que vocês retornam vocês trazem esta energia com vocês para que ocorra a cura. Quando vocês puderem curá-la em toda uma vida vocês o farão possível para que o paradigma seja removido da experiência planetária.


Tudo no planeta está envolvido no processo de ascensão neste momento, incluindo a própria Terra. Há muito sofrimento na forma como essa energia é liberada, mas este ciclo é diferente por que muitos já elevaram suas vibrações energéticas de forma que não há como muitos manterem esses padrões arcaicos de energia e escuridão. Isto ocorre por que ainda se sente concentrada e até mesmo mais forte. Na realidade isso não é assim, não há tantas pessoas que desejem manter esses padrões de lamento como antes e aqueles que o desejam estão carregando uma porção maior de medo em seus campos energéticos.


Vocês estão no final deste ciclo e são livres para mover-se para dimensões mais altas de existência agora que vocês liberaram a si mesmos da responsabilidade de trazer essas experiências para a Terra. Estes são momentos finais, quando o medo é transmutado para a Luz. Há muita dor e escuridão, mas há ainda mais amor incondicional e luz para aqueles que os aceitarem.


Aceite sua recompensa pelo trabalho que você tem feito, ele está disponível para você. Deixe esta outra parte da troca abrir sua consciência para a abundância ilimitada do Universo que é sua recompensa, e cada um daqueles que deseja a cura, a libertação, transmutar a escuridão e aceitar sua herança divina da Luz.

Fonte


Imagens:  terceiromilenioxplanetaterra.blogspot.com
               despertandonaluz.blogspot.com            

29 de julho de 2011

PROJEÇÃO DA CONSCIÊNCIA

Projeção da consciência, experiência fora-do-corpo (EFC), experiência extracorporal, desdobramento, projeção astral ou viagem astral são termos usados alternativamente para designar as experiências fora-do-corpo ou estados alterados de consciência, que podem ser supostamente realizadas por qualquer pessoa, por meio do sono, via meditação profunda, técnicas de relaxamento, ou involuntáriamente, durante episódios de paralisia do sono, trauma, variações abruptas da atividade emocional e estresseExperiência de quase-morte, deprivação sensorial, estimulação elétrica do giro angular direito do cérebro , estimulação eletromagnética , experiências de ilusão de óptica controladas , e através de efeitos neurofisiológicos por indução química de substâncias comumente descritas como drogas. Exemplos de tais substancias correlacionadas com a fenomenologia das experiências extra-corpóreas são o Cloridrato de cetamina, a Galantamina, a Metanfetamina, o Dextrometorfano, a Fenilciclidina e a Dimetiltriptamina (presente na bebida ritualística Ayahuasca).



Projeciologia, fundamentada nos experimentos pessoais de projetores conscientes e sistematizações destas autopesquisas, inicialmente proposta por Sylvan Muldoon e sistematizada por Waldo Vieira, que, durante a projeção, quando lúcida, o indivíduo está ciente de que se encontra fora do próprio corpo físico projetado por meio do (corpo astralperispíritopsicossoma), que são entidades imateriais. Por intermédio da projeção da consciência é possível conhecer supostas dimensões extra-físicas.
Há projetores pesquisadores brasileiros que diferenciam a Projeciologia como grupo da Projeciologia como idéia (a projeção), como coisas diferentes. A projeciologia é apenas um termo (semântica) sobre estudos, pesquisas, experiências sobre projeção astral, porém, a Projeciologia como grupo, diretamente relacionado ao Pesquisador Waldo Vieira, são consideradas por pesquisadores independentes, coisas diferentes, devido as posturas, teorias, hipóteses e semântica diferentes. Existem inúmeros trabalhos independentes, inclusive muito antigos e outros atuais, com semelhanças e discordâncias, onde, somente o pesquisador isento fará suas escolhas e interpretações pessoais, não apenas a partir de sua intelectualidade, mas em analogia direta e íntima com suas projeções e vivências pessoais.
Existem diversos relatos de projeções conscientes, inclusive publicados em forma de diário. Um deles é intitulado "Viagens Fora do Corpo" (1971) do autor Robert Monroe, um empresário estadunidense.
A projeção da consciência é uma experiência tipicamente subjetiva, descrita muitas vezes como próxima a sensação corporal de estar flutuando como um balão, e, em alguns casos, conforme relatos, havendo a possibilidade de estar vendo o próprio corpo físico, olhando-o sob o ponto de vista de um observador, fora do seu próprio corpo (autoscopia). Estatisticamente, uma em cada dez pessoas afirma ter tido algum tipo de experiência fora do corpo em suas vidas.

A Projeciologia propõe a Hipótese do Corpo Objetivo, ou seja, que o psicossoma é um corpo real porém não físico. Tal hipótese contrapõe as teorias psicológicas ou que atribuem ao fenômeno projetivo uma experiência meramente subjetiva de caráter alucinógeno. Algumas experiências teóricas podem reforçar a hipótese da objetividade da experiência fora do corpo. O fenômeno de aparição intervivos, onde uma pessoa projetada deve ser vista por outras testemunhas físicas, noutro ambiente, distante de onde o seu corpo físico se encontrava no momento da experiência, pode servir para determinar a objetividade do fenômeno enquanto interpretação espiritual.
A projeção astral com freqüência é associada ao esoterismo e o movimento da Nova Era. Paralelamente, a medicina começa a tratar do fenômeno. Com mais atenção devido aos inúmeros relatos de experiências quase-morte (EQM). Explicações científicas que seguem o princípio da parcimônia fazem previsões suficientes e pontuais a cerca do fenômeno de experiências quase-morte (EQM) e outros estados alterados de consciência.

Imagens:guia-espiritual.com

             umanovaera.com

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28 de julho de 2011

CIRCUNSTÂNCIAS MENTAIS


Constantemente somos impactados pelas circunstâncias mentais criadas a partir das experiências terrenas. Desenvolvemos uma cadeia de eventos que determinam as reações com o meio em que vivemos. 
Aparências com certeza nos enganam, equivocados que estamos com esta realidade conceitual, emergida através de processos milenares de ilusão. 
Todas as criaturas possuem as mesmas possibilidades, somos seres divinos, entretanto afastados da realidade universal.
 

27 de julho de 2011

O MOVIMENTO

Na disposição presente no movimento universal, existe a conexão atual que se une ao passado e futuro, prontos e dispostos as energias pronunciadas na alma.
Todos os males da humanidade, encontram-se  no mal uso do conhecimento.
Estejam certos de seus atos e consequências dos mesmos.
Mais ainda: quando por ventura permitires tais atitudes incoerentes, contemplem a inquirida oportunidade de sobressair com dignidade e honra.
O propósito é o mesmo, porém em escalas diferentes.
Os seus postos alcançados podem ou não retroceder no espaço-tempo, mediante sua escolha.

26 de julho de 2011

A MEDITAÇÃO TRANSCENDENTAL

Há várias espécies de meditação, embora, segundo os adeptos da Meditação Transcendental ou MT, a maior parte dos estudos, atualmente, se refiram a esta técnica específica, sendo ela a mais apropriada para o equilíbrio orgânico e a lapidação das potencialidades mentais, afetivas e materiais.
A Meditação Transcendental é um método meditativo criado por Maharishi Mahesh Yogi, guru indiano falecido em 2008. Esta modalidade mística passou a ser disseminada por Yogi na América do Norte em 1959, junto a integrantes da elite da sociedade dos EUA. Em 1967 ela foi adotada pelos Beatles, lendária banda britânica.
A MT é uma técnica desprovida de qualquer complexidade, pois basta que a pessoa se sente, duas vezes ao dia, de 15 a 20 minutos, com algum conforto, os olhos cerrados, e entoe determinados sons que são conhecidos como mantras, os quais possuem características que ativam a psique.
Ao se meditar desta forma, não é necessário nenhuma concentração nem mentalização. Por esta razão a meditação assim realizada é considerada fácil, singela, e não exige da pessoa nenhum vigor. Além disso, traz amplos resultados no combate ao estresse, ao cansaço, a estados de nervosismo e agitação, pois durante sua prática a psique transcende o circuito dos pensamentos, encontrando dentro de si o necessário silêncio, o poder criador e a inteligência própria.
No instante da transcendência, a mente alcança uma etapa de calma vigília, na qual pode resgatar toda a energia de que carece e também o descanso físico fundamental, isso sem abrir mão de suas atividades cerebrais, as quais, aliás, têm uma performance ainda mais lógica, mantendo a mente completamente acordada, ao mesmo tempo em que o corpo relaxa mais do que durante o sono.
Este estágio alcançado pelo ser durante a MT é conhecido como Consciência Pura e atua no dia-a-dia de seus praticantes dinamizando seu desempenho psíquico, injetando mais energia e juventude no organismo humano, alteando e mantendo o equilíbrio dos sentimentos, erradicando o desânimo, seja ele mental, orgânico ou emocional.
O aprendizado desta técnica é considerado simples, tanto na teoria quanto na prática. Os frutos de sua prática despontam logo no começo, ampliando-se, aos poucos, durante o curso e com o exercício constante. Todos os setores da existência são afetados pelos resultados da MT, elevando-se, assim, a qualidade de vida dos adeptos deste método.
Pelo menos 500 instituições e universidades de todo o planeta vêm investigando esta prática; são inúmeros, hoje, os estudos sobre este tema. A MT conta com a adesão de milhões de pessoas em todo o mundo, provenientes de todas as faixas etárias, contextos culturais, campos profissionais e religiões.

25 de julho de 2011

ASTRÔNOMOS ENCONTRAM A MAIOR MASSA DE ÁGUA DO UNIVERSO



Os astrônomos descobriram a maior e mais antiga massa de água já detectada no universo – uma nuvem gigantesca de 12 bilhões de anos, abrigando 140 trilhões de vezes mais água que todos os oceanos da Terra juntos.
A nuvem de vapor de água circunda um buraco negro supermassivo, chamado de quasar, localizado a 12 bilhões de anos-luz da Terra. A descoberta mostra que a água tem sido predominante no universo durante toda a sua existência.
De acordo com os pesquisadores, a luz vista foi emitida por este quasar há mais de 12 bilhões de anos. Isso significa que essa água existiu cerca de 1,6 bilhões de anos após o início do universo, empurrando a detecção da substância um bilhão de anos mais perto do Big Bang.
Quasares são os objetos mais luminosos, poderosos e energéticos do universo. Eles são alimentados por enormes buracos negros que sugam o gás e poeira ao seu redor e expelem enormes quantidades de energia.
O quasar estudado pela equipe abriga um buraco negro 20 bilhões de vezes mais massivo do que o sol, que produz tanta energia quanto um quatrilhão de sóis.
O vapor de água no quasar é distribuído ao redor do buraco negro em uma região que abrange centenas de anos-luz. A nuvem tem uma temperatura de menos 53 graus Celsius e é 300 trilhões de vezes menos densa que a atmosfera da Terra.
Isso parece frio e fino, mas significa que a nuvem é cinco vezes mais quente e de 10 a 100 vezes mais densa do que a maioria das encontradas em galáxias como a Via Láctea.
Os astrônomos usaram dois telescópios diferentes, um no Havaí e um na Califórnia, para detectar e confirmar a existência do vapor de água em torno do quasar.
Os cientistas acreditam que a água estava presente até mesmo no início do universo. Assim, encontrar uma nuvem com essa idade não é nenhuma surpresa.
No entanto, o tamanho da nuvem deixou alguns em estado de choque. O quasar contém quatro mil vezes mais vapor d’água do que Via Láctea. Isso pode ser porque grande parte da água da nossa galáxia está em forma de gelo ao vez de vapor.

OS ESTÁGIOS DO CRESCIMENTO ESPIRITUAL


Em algum ponto da sua jornada espiritual, todo estudante sério da sabedoria tem necessidade de saber se está fazendo progresso. Quais são os sinais do crescimento espiritual? Há estágios definidos de crescimento? Em que momento é necessária a ajuda de um guru?

Todas as tradições espirituais recomendam que não nos preocupemos com o progresso. Conta-se aquela história de um discípulo a quem foi dito que necessitaria dez anos para alcançar a auto-realização. Ele quis saber se, trabalhando duro, poderia alcançar a meta em menos tempo. A resposta foi que neste caso ele demoraria muito mais tempo, porque, enquanto há preocupação em alcançar a meta, não é possível dar o melhor de si para a busca espiritual.

A obra “Luz no Caminho” recomenda:

“Cresça como cresce uma flor, inconscientemente, mas com um profundo desejo de abrir sua alma para o ar. Do mesmo jeito, você deve fazer um esforço para ir adiante e abrir sua alma para a eternidade.”


No entanto, é recomendável praticar a auto-observação ao final de cada dia, para tornar-nos conscientes dos nossos pontos fortes e das nossas fraquezas, tomando uma decisão eficaz de não repetir os erros.

O desenvolvimento espiritual é um processo lento. Como bons jardineiros, devemos preocupar-nos somente com a tarefa de nutrir bem a planta da alma, sem forçar o seu crescimento. Ela pode não estar suficientemente forte para produzir frutos quando nós queremos, mas algum dia ela produzirá. Basta para que isso aconteça que não sejamos ansiosos e que a alimentemos corretamente. “Aprender significa estar contentes, ou melhor, resignados com nós mesmos e nossas limitações, mesmo enquanto lutamos para ir além delas …… Não podemos viver todos nós imediatamente à altura destes altos ideais, como alguns outros conseguem”, escreve William Judge. [1]

Talvez durante um longo tempo não haja quaisquer sinais visíveis do nosso progresso. Mas o importante nesta jornada não é o quanto nós progredimos. O importante é em que direção estamos avançando. Há certos fatos que indicam se estamos mudando e crescendo, e se estamos na direção certa. Certas experiências e intuições são comuns a todos os aspirantes espirituais.

Pessoas diferentes têm modos diferentes de progredir. Cada um abre para si mesmo um caminho único. O processo não ocorre como se alguém avançasse por um caminho lamacento, deixando detrás de si pegadas inconfundíveis que os outros podem seguir para alcançar a meta. H. P. Blavatsky também disse:

“Não sigam a mim, nem meus passos, mas sigam o Caminho que eu indico.”

Cada ser humano é único, e embora haja certas experiências básicas pelas quais todos têm de passar, os passos exatos e o ritmo de crescimento não são os mesmos. O Buddha diz que o caminho de uma pessoa que alcançou a auto-realização “é tão difícil de determinar como o vôo dos pássaros pelo céu”.


Quando começa o processo da mudança, podemos ver a transformação nos planos físico, mental, emocional e moral. À medida que progredimos, somos capazes de permanecer serenos e continuar com nosso trabalho mesmo quando o corpo está doente, porque somos capazes de dissociar-nos do corpo.Mais adiante, percebemos que temos maior controle dos nossos pensamentos e emoções. Há menos necessidade de depender dos outros. O antigo desejo por novidades e sensações é lentamente substituído pela satisfação da paz. Podemos descobrir que perdoamos mais e temos mais compaixão, e que aceitamos mais facilmente as pessoas e as circunstâncias.

Há uma transição gradual no sentido de estarmos menos centrados em nós mesmos. Passamos a ser mais solidários e altruístas, e isso forma a essência do verdadeiro progresso. Janki C. dá uma descrição do processo quando diz que, no primeiro estágio, estamos na Idade da Inocência, e esperamos, como crianças, que alguém nos ame e cuide de nós. Deus existe para atender os nossos desejos. O estágio seguinte é a Idade da Desilusão. Ao ver a realidade da vida, muitos se tornam cínicos e materialistas. Vem depois a Idade da Responsabilidade, quando o buscador começa a assumir o controle da sua própria vida.

Mais tarde ele avançará para o estágio seguinte, a Idade da Solidariedade. Nela, ao invés de querer que os outros compartilhem da sua dor, ele deseja aliviar a dor dos outros. A Idade da Iluminação ocorre muito depois da Idade da Solidariedade. Agora o amor se torna universal, e há uma completa identificação do indivíduo com os outros seres. É a culminação do crescimento espiritual. É o estágio do auto-realização. [2]

Nesta jornada em direção à perfeição espiritual, cada tradição religiosa fala de estágios definidos, que são marcos referenciais do crescimento interior. Por exemplo, no livro budista Mahayana “A Voz do Silêncio”, vemos quatro estágios de aperfeiçoamento espiritual, começando com Srotapatti, “aquele que entrou na corrente” que leva ao oceano do Nirvana. Este é o primeiro Caminho. O segundo é Sakridagamin, “aquele que nascerá só mais uma vez”. O terceiro é chamado de Anagamin, “aquele que não reencarnará mais”, a menos que decida fazer isso para ajudar a humanidade. O quarto é conhecido como Rahat ou Arhat. Este é o mais alto. Um Arhat vê o Nirvana durante a sua vida. [3]

Sangharakshita, um instrutor budista, explica estes estágios em seu livro “A Guide to the Buddhist Path” . Ele assinala que segundo o budismo há dez grilhões prendendo a pessoa à Roda da Vida ou bhavachakra. Aquele que entra na corrente (Srotapatti) é alguém que desenvolveu uma grande percepção espiritual sobre a natureza da existência, e foi capaz de quebrar três dos dez grilhões.

Os três grilhões são os seguintes:

1. Satkaya-dristi ou visão baseada na personalidade. Satkaya-dristi é a visão equivocada de que “eu sou eu”, um homem ou uma mulher com um nome especial, ao invés de ser uma parte inseparável do todo. Esta é a ideia de que o “eu” constitui alguma coisa em si mesmo; de que eu, tal como me conheço aqui e agora, com este corpo e esta mente particulares, sou uma espécie de entidade fixa e imutável. Em outras palavras, este grilhão é a crença de que o “eu” é algo real. Você não pode entrar na Corrente enquanto não tiver se afastado de nome e forma, da existência pessoal, de todas as coisas em que você pensa como sendo “você”. Isso não significa dizer que não existe um “eu”, mas significa admitir que todos os aspectos do seu ser estão sujeitos a mudança. Quebrar este grilhão é compreender que depois da morte não existe nem a completa aniquilação da identidade pessoal, nem tampouco a persistência imutável da identidade pessoal. O budismo ensina um caminho do meio. Mesmo quando o corpo morre, não há uma alma-eu imutável que continue. É o processo − mental, psicológico, espiritual − que continua, em toda a sua complexidade, sempre mudando e fluindo como uma corrente.
2. O segundo grilhão é vicikitsa ou dúvida cética. É a dúvida ou indecisão de uma pessoa que “fica no muro”, oscilando o tempo todo, sem comprometer-se. Vicikitsa é a recusa a comprometer-se sem reservas com a vida espiritual; você ouve falar dela, você fala sobre ela, mas continua ficando para trás. Como você poderá se tornar Aquele que entra na Corrente, se insiste em permanecer na margem? Se quiser nadar, não adianta ficar alimentando dúvidas agarrado à beira. Você deve saltar. Vicikitsa é um medo do salto e uma recusa a comprometer-se.

3. O terceiro grilhão é silavratta-paramarsa . É pensar que as regras religiosas e éticas são fins em si mesmas. O Buddha sempre disse que os preceitos éticos, as observâncias religiosas e mesmo o estudo das escrituras são como um barco, um instrumento para alcançar uma meta. Você não carrega o barco na sua cabeça depois que ele cumpriu a função de permitir que você cruzasse o rio. Os preceitos e as práticas se tornam grilhões, quando nós os cumprimos sem a devida reflexão. O apego à moralidade convencional não pode levar-nos muito longe no caminho espiritual. Há pessoas que parecem muito éticas e nobres, e cumprem todos os preceitos, mas sofrem de uma certa obsessão em relação à sua própria virtude e têm uma atitude de quem pensa que “é mais espiritual que os outros”.

De acordo com a "tradição budista", uma vez que o indivíduo quebrou os três primeiros grilhões e alcançou o primeiro estágio − de Srotapatti −, ele tem diante de si só mais sete encarnações, antes de alcançar o Nirvana.

O segundo estágio do caminho é o estágio daquele que voltará uma só vez, Sakridagamin. Como ser humano, ele viverá na terra uma última encarnação. Ele quebrou três grilhões, e enfraquece outros dois, que são kama-raga, o desejo de existência sensorial, e vyapada, raiva ou animosidade.

O terceiro estágio é o daquele que não retorna, Anagamin. Ele quebra estes cinco grilhões, de modo que não nasce mais no plano humano, mas renasce nos planos chamados “moradas puras”. O quarto estágio é o de Arhat (“o digno”), que alcançou a iluminação ao quebrar a outra série de cinco grilhões, mais elevados.Assim, podemos ver que a jornada é longa.

Na tradição de Raja Ioga, há vários graus de discipulado (chelado).

Há chelas leigos, e há aqueles que estão tentando chegar à condição de chelas leigos. “Um chela leigo é um homem do mundo que afirma o seu desejo de tornar-se sábio nas coisas espirituais”. A seguir, o indivíduo se torna um chela leigo em provação e, finalmente, um chela aceito.

Quanto aos chelas em provação, há uma regra segundo a qual eles devem inevitavelmente passar pelo menos sete anos de testes. Estes “testes” não são provas fixas. É examinada a atitude do chela diante de vários acontecimentos e circunstâncias que surgem em sua vida. Ao final do período ele pode ser aceito ou reprovado. O chela em provação estuda sob a orientação de um chela mais antigo. Um chela em provação deve trabalhar inegoisticamente pela humanidade e tentar libertar-se da ideia de “eu” pessoal, cultivando a intuição. Algumas das qualificações esperadas de um chela são: perfeita saúde física; absoluta pureza mental e física; intenção destituída de egoísmo; solidariedade universal e compaixão por todos os seres vivos; veracidade; firme confiança da lei  e uma percepção intuitiva de que ele é um veículo ou instrumento do Atma divino.[4] 

Estas condições devem ser alcançadas na natureza interior do chela por seus ESFORÇOS SEM AJUDA. Além disso, é apenas quando obtém o controle do seu corpo ( sharira); dos seus sentidos (indriya); e quando domina seus erros (dosha) e seu sofrimento (dukha), reconhecendo em Atma o mais alto princípio de orientação individual, que o chela passa − de acordo com regras em vigor há muito tempo − a ser ensinado por um dos Iniciados. Neste ponto ele torna-se um chela aceito.

No estágio de chela aceito, o indivíduo é colocado frente a frente com seu Mestre e é instruído em ocultismo prático. Isto não acontece rapidamente. É um processo longo e lento. Quando o Mestre (Guru) começa realmente a ensinar, ele assume como se fossem seus − de acordo com a Ciência Oculta − os erros daquele aluno. Isto ocorre em relação aos erros cometidos por ação ou por omissão, até que o aluno alcance o estágio de adepto, através das iniciações, e se torne por sua vez plenamente responsável. Até o estágio de chela aceito, na tradição de Raja Ioga, o chela não tem permissão de usar os poderes que possa ter adquirido. 


William Judge, em seu artigo “Of Occult Powers and Their Acquirement”, conta que os poderes adquiridos podem ficar adormecidos e paralisados como as rodas de uma caixa de música. É preciso dar a corda na caixa musical, para que o mecanismo funcione. O Mestre pode dar corda e colocar o processo em andamento; mas ele também pode se recusar a dar o impulso necessário. Além de recusar-se a dar o impulso, ele pode também evitar que as engrenagens se movam. Na medida em que ele vê claramente a motivação e a disposição do aluno, ele também pode fazer uma exceção.

É por isso que encontramos esta recomendação em "A Voz do Silêncio”:

“Prepare-se, porque você terá que viajar sozinho. O Instrutor só pode apontar o caminho.”

Enquanto o buscador não tiver alcançado o estágio em que ele possui autoconfiança, intuição e um completo controle da sua natureza pessoal, ele só terá a ajuda dos planos internos do seu ser, através de indícios, ideias e inspiração. Se um Mestre fosse ajudar ou interferir em cada estágio, não haveria crescimento. O fato é ilustrado pela história do homem que encontrou um casulo de borboleta, no qual já havia uma pequena abertura. Ele observou durante várias horas a luta da borboleta para romper o casulo e libertar-se. Decidiu ajudar a borboleta. Para isso, cortou com uma pequena tesoura o que faltava romper do casulo. Como resultado, a borboleta emergiu com um corpo inchado e um par de asas pequenas e enrugadas, e ficou sem poder voar pelo resto da vida.
Acontece que, no processo natural, à medida que a borboleta tenta abrir caminho através da pequena abertura no casulo que a prende, o fluido se transfere do seu corpo para as asas. É assim que as asas se expandem, se fortalecem e ficam prontas para o vôo. “No mundo mental, assim como no mundo espiritual, cada homem deve avançar por seus próprios esforços”, escreveu H.P. Blavatsky.

[1] “Letters That Have Helped Me”, William Judge, Theosophy Company, Los Angeles.
[2] Jornal “The Times of India”, 21 de julho de 2008.
[3] “The Voice of the Silence”, H. P. Blavatsky, Theosophy Co., Los Angeles, p. 50, rodapé.
[4] Veja o livro “Raja Yoga or Occultism”, de H. P. Blavatsky, Theosophy Co., Mumbai, Índia, 256 pp., 1973, p. 02. Texto intitulado “Chelas and Lay Chelas”.
O artigo acima foi traduzido da edição de janeiro de 2009 da revista internacional indiana “The Theosophical Movement”, pp. 83-88. Título original: “Stages of Spiritual Growth”.
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24 de julho de 2011

A NEUROPLASTICIDADE

A neuroplasticidade refere-se à capacidade do sistema nervoso de alterar algumas das propriedades morfológicas e funcionais em resposta a alterações do ambiente, é a adaptação e reorganização da dinâmica do sistema nervoso frente as alterações.


A plasticidade nervosa não ocorre apenas em processos patológicos, mas assume 
também funções extremamente importantes no funcionamento normal do indivíduo.
Graças a esta capacidade é que, crianças que sofreram acidentes, às vezes gravíssimos, com perda de massa encefálica, déficits motores, visuais, de fala e audição, vão se recuperando gradativamente e podem chegar à idade adulta sem seqüelas.

Formas de plasticidade:

n  Regenerativa:consiste no recrescimento dos axônios lesados. É mais comum no sistema nervoso periférico.
n  Axônica:ou plasticidade ontogenética,ocorre de zero a 2 anos de idade,é a fase crítica,fundamental para desenvolvimento do SN.
n  Sináptica:Capacidade de alterar a sinapse entre as células nervosas.
n  Dendrítica:Alterações no número, no comprimento, na disposição espacial e na densidade das espinhas dendríticas,ocorre principalmente nas fases iniciais do desenvolvimento do indivíduo.
n  Somática:Capacidade de regular a proliferação ou morte de células nervosas. Somente o sistema nervoso embrionário é dotado dessa capacidade.

Plasticidade e Desenvolvimento

          O grau de plasticidade neural varia com a idade do indivíduo. Durante o desenvolvimento o sistema nervoso é mais plástico, principalmente as fases denominadas de períodos críticos que é mais susceptível a transformações.
          Ao nascimento os órgãos do sistema nervoso já estão praticamente formados anatomicamente, embora as sinapses não estejam estabelecidas.      
Daí a importância da maturação nervosa para a aprendizagem: aprender significa ativar sinapses normalmente não utilizada.
Mecanismo de recuperação funcional após lesões cerebrais:
A lesão promove no SNC vários eventos simultâneos:

       Num primeiro momento, as células traumatizadas liberam seus aminoácidos e  neurotransmissores, os quais, em alta concentração, tornam os neurônios mais excitados e mais vulneráveis à lesão. 
Neurônios muito excitados podem liberar o neurotransmissor glutamato, o qual alterará o equilíbrio do íon cálcio e induzira seu influxo para o interior das células nervosas, ativando várias enzimas que são tóxicas e levam os neurônios à morte, o que é chamado de excitotoxicidade. 

Após o evento lesivo, ocorre também a ruptura de vasos sanguíneos e/ou isquemia cerebral, diminuindo os níveis de oxigênio e glicose, que são essenciais para a sobrevivência de todas as células.
A falta de glicose gera insuficiência da célula nervosa em manter seu gradiente transmembrânico, permitindo a entrada de mais cálcio para dentro da célula, ocorrendo um efeito cascata.
 A lesão promove, três situações distintas: uma em que o corpo celular do neurônio foi atingido e ocorre a morte do neurônio, sendo, neste caso, o processo irreversível; o corpo celular esta integro e seu axônio esta lesado ou o neurônio se encontra em um estagio de excitação diminuído.
Mecanismo de recuperação funcional após lesões cerebrais
As variáveis que afetam a recuperação funcional são: localização de lesão; extensão e severidade do comprometimento neuropsicológico, etiologia e curso de progressão do processo patológico, idade de início, tempo transcorrido desde de o início do quadro, variações na organização cerebral das funções, condições ambientais, estilo de vida, fatores agravantes internos ou externos.

Atividades motoras sobre a neuroplasticidade

A reorganização neural é um objetivo preliminar da recuperação neural para facilitar a recuperação da função e pode ser influenciada pela experiência, comportamento, prática de tarefas  em resposta as lesões cerebrais.
 Um consenso na literatura sobre a plasticidade cerebral é que o aprendizado de determinada atividade ou a somente prática da mesma, desde que não seja simples repetição de movimentos, induza mudanças plásticas e dinâmicas no sistema nervoso central (SNC).


O SNC é altamente “plástico” essa característica permanece durante toda a vida,em condições normais ou patológicas .
O córtex motor pode reorganizar-se em resposta ao treinamento de tarefas motoras especializadas depois de uma lesão isquêmica localizada.
Acredita-se que regiões corticais não lesadas assumam a função perdida da área danificada.
   O fisioterapeuta irá atuar treinando as funções motoras para prevenir futuras perdas de tecido de áreas corticais adjacentes à lesada,e direcionar o tecido intacto a assumir a função do tecido danificado.
•         Os exercícios  estimulam a sinaptogênese e promover crescimento de espinhos dendríticos no córtex.
•         O exercício pode então aumentar a neurogênese ,a plasticidade sináptica e o aprendizado.
Quando iniciar a fisioterapia
Nas primeiras horas após lesão tão logo o paciente esteja estável. Deve-se iniciar com exercícios físicos passivo e ativo-assistido e ativo de intensidade leve e moderada afim de reduzir eventos vasculares tromboembólicos, pneumonias, escaras, etc

Repetição da Atividade

O aprendizado motor utiliza memória não- declarativa (adquirida em virtude de treinamento).
   Assim para aprender um ato motor é necessário treinar inúmeras vezes e de diversas maneiras determinada ação para  que esta se fixe. 

Fenômeno do “não-uso aprendido”
  Com a perda da função de uma área do cérebro atingida pelo AVC, o paciente não consegue mover o membro mais afetado, compensa usando o outro.
Após um certo tempo, quando os efeitos da lesão não estão mais presentes e ocorreram readaptações no cérebro, os movimentos poderiam ser recuperados, no entanto, o paciente já “aprendeu” que aquele membro não é mais funcional.
Conclusão
O cérebro humano está constantemente sofrendo alterações e este é um dos motivos que dificulta o entendimento de seus mecanismos, como a regulação da neuroplasticidade após a lesão.
Por isso mais pesquisas, precisam ser realizadas para uma melhor compreensão das mudanças plásticas durante a recuperação das funções nervosas.

Em março de 2000, investigadores da Universidade de Londres descobriram que os taxistas dessa cidade tinham uma parte do cérebro, o Hipocampo - região importante para a memória espacial -, particularmente desenvolvida, muito mais que o resto das pessoas.

“O cérebro muda de forma, segundo as áreas que mais utilizamos, segundo a atividade mental.
Os taxistas desenvolviam mais essa zona porque a exercitavam mais, memorizando a cada dia ruas e caminhos.
Nesses homens e mulheres, sua capacidade para memorizar ruas e caminhos não diminuía,
mas aumentava com o passar dos anos.
Em 2002 cientistas alemães descobriram a mesma coisa na Circunvolução de Heschl dos músicos, área do córtex cerebral importante para processar a música.

Em 2004 os mesmos resultados teve o Instituto de Neurología de Londres, na circunvolução angular esquerda, estrutura cerebral importante para a linguagem, no cérebro das pessoas bilíngües.

DESTAS EXPERIÊNCIAS SE PUDERAM OBTER OS SEGUINTES RESULTADOS:

* Nós seres humanos podemos criar novos neurônios ao longo de toda a vida.

* O esforço para criarmos novos neurônios pode aumentar mediante o esforço mental.

* Os efeitos são específicos: dependendo da natureza da atividade mental, os novos neurônios se multiplicam com especial intensidade em diversas zonas cerebrais.

Os novos neurônios vão ficar nas zonas do cérebro que mais usamos.

Isto se denomina “neuroplasticiadade”: a atividade pode moldar a mente.

Isto demonstra a importância de se manter uma atividade mental intensa.


Imagens:
fisiochiodi.blogspot.com

23 de julho de 2011

CONDICIONAMENTOS


Elisabeth Cavalcante
Desde o início de nossas vidas, vamos sendo moldados pelas experiências que vivenciamos. A mente e o corpo físico se tornam repletos de condicionamentos gerados pelos conceitos e valores que nos foram impostos e pelas experiências emocionais que ficaram registradas em nossas células.

Como, então, libertar-se desta prisão, e encontrar a cura para a angústia e o sofrimento que nos afligem? O nosso primeiro passo, geralmente, é buscar ajuda em algum processo terapêutico, onde, através da análise racional dos acontecimentos de nossa vida, procuramos descobrir as raízes dessas dificuldades.

E certamente conseguimos identificar a maioria delas através deste processo. Seguimos, então, outros caminhos, através de terapias corporais, que nos auxiliem na liberação dos nós emocionais registrados em nosso corpo físico.

Este é um trabalho longo, que pode durar anos e, ao final, vamos descobrir que apesar dele, seguimos ainda sem conseguir alcançar o estado de paz e serenidade com que sonhamos.

Ao chegar a este estágio, certamente, muitos de nós já entenderam que é necessário ir além, ultrapassar a dimensão da mente, do corpo e das emoções. E, ao fazer isto, chegamos à descoberta, surpreendente, de que a solução estava ali dentro, oculta sobre as camadas de condicionamentos que carregávamos. Começamos a explorar um novo terreno, até então desconhecido, que é o da consciência.

Quando passamos a observar nossos pensamentos e nossas emoções, percebemos que é possível obter um distanciamos deles, como se não nos pertencessem.

Conseguir realizar esta mudança, do papel de sofredor para o de observador, é que fará toda a diferença. A partir daí, nenhum esforço é necessário, mas apenas relaxar e deixar que nossa essência se expresse, levando-nos para uma dimensão em que o relaxamento e a paz serão nossa única realidade.

...duas diferentes abordagens com relação à realidade interior do homem.

A abordagem Ocidental é de pensar sobre o problema, encontrar as causas do problema, penetrar na história do problema, no passado do problema, para desenraizar o problema desde o princípio, para descondicionar a mente, ou para recondicionar a mente. Para recondicionar o corpo, para retirar todas aquelas impressões que foram deixadas no cérebro. Essa é a abordagem Ocidental...

...O Oriente tem uma perspectiva totalmente diferente. Primeiro, diz que nenhum problema é sério. No momento em que você diz que nenhum problema é sério, o problema está quase noventa e nove por cento morto. Toda a visão disso se altera. A segunda coisa que o Oriente diz é: o problema existe porque você está identificado com ele. Isso não tem nada a ver com o passado, nada a ver com sua história. Você está identificado com ele; essa é a coisa real. E essa é a chave para resolver todos os problemas.

Por exemplo, você é uma pessoa raivosa. Se você for para o psicanalista, ele dirá, Penetre no passado: como surgiu essa raiva? Em quais situações isso ficou cada vez mais condicionado e impresso em sua mente? Teremos que lavar todas essas impressões; teremos que varrê-las. Teremos de limpar completamente seu passado.

Se você for para um místico Oriental, ele irá dizer, Você pensa que você é a raiva, você se sente identificado com a raiva. Eis onde as coisas estão dando erradas. Na próxima vez que a raiva acontecer, seja somente um observador, seja apenas uma testemunha. Não fique identificado com a raiva. Não diga, ‘Estou com raiva’. Não diga, ‘Estou raivoso’. Apenas veja isso acontecendo como se estivesse acontecendo numa tela de TV. Olhe para si mesmo como se você estivesse olhando para outra pessoa.

Você é pura consciência. Quando a nuvem de raiva chega ao seu redor você apenas a observa e permanece alerta para não ficar identificado. A coisa toda é como não ficar identificado com o problema. Uma vez aprendido isso... e desse modo não existe mais a questão de ‘tantos problemas’ porque a chave, a mesma chave abrirá todos as fechaduras. É assim com a raiva, é assim com a avidez, é assim com o sexo: é assim com tudo mais que a mente for capaz de criar...
...Essa é a beleza da conscientização: a consciência pode se livrar de qualquer coisa. Não há nenhuma barreira para isso, nenhum limite para isso...

Toda a metodologia Oriental pode ser reduzida a uma palavra: testemunhar. Toda a metodologia Ocidental pode ser reduzida a uma palavra: analisar. Analisando, você fica circulando. Testemunhando, você simplesmente sai fora do círculo.

A abordagem Oriental é para tornar-se ciente do céu. A abordagem Ocidental lhe torna mais e mais alerta das nuvens, e lhe ajuda um pouco, mas não lhe torna cônscio de seu âmago. A circunferência, sim; você se torna um pouco mais cônscio da circunferência, mas não cônscio do centro. E a circunferência é um ciclone. Você terá que descobrir o centro do ciclone. E isso só acontece através do testemunhar...
...É assim que um Buda funciona... um Buda também usa a memória, mas ele não está identificado com ela. Ele utiliza a memória como um mecanismo.

...E quanto a todas as impressões deixadas no cérebro, na musculatura do corpo?

Elas estarão lá, mas como uma semente: potencialmente presente. Se você se sentir muito só e desejar problemas, você pode tê-los. Se você se sentir muito miserável sem miséria, você pode tê-los. Eles irão sempre permanecer disponíveis, mas não precisa tê-los, não há nenhuma necessidade de tê-los. Isso será sua escolha.
OSHO
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O que for o teu desejo, assim será tua vontade.

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O que forem teus atos, assim será teu destino.”

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Desperte para a regeneração da alma e do próprio corpo físico, começando por se desintoxicar daquilo que desequilibra a tua saúde física. Depure e purifique teus pensamentos, olhando mais para o Sol da verdade, do que para as nuvens da ignorância. Quem se faz luz não teme a escuridão, nem nevoeiros passageiros. Sabe que tudo que não for essencialmente divino, passa e se transmuta. Sendo assim, transmute-se!