27 de dezembro de 2013

O SONHO E O CÉREBRO

Quando dormimos, passamos por 5 estágios de sono. O primeiro é um sono bem leve do qual é fácil acordar. O segundo estágio vai para um sono um pouco mais profundo e os estágios 3 e 4 representam nosso sono mais profundo. Nossa atividade cerebral durante esses estágios é gradualmente reduzida até o sono profundo, em que não experimentamos nada além de ondas cerebrais delta, as ondas de menor freqüência (veja "Ondas Cerebrais"). Aproximadamente 90 minutos depois de irmos dormir e depois do quarto estágio de sono, começamos o sono REM.
ilustração dos 5 estágios do sono

O movimento rápido dos olhos (REM) foi descoberto em 1953 por pesquisadores da Universidade de Chicago Eugene Aserinsky: um estudante de fisiologia e Nathaniel Kleitman, Ph.D., professor de fisiologia. O sono REM é caracterizado pelos movimentos dos olhos e é o quinto estágio do sono.
Ondas cerebrais
Nosso cérebro circula através dos quatro tipo de ondas cerebrais, referidas como delta, teta, alfa e beta. Cada tipo de onda cerebral representa uma velocidade diferente de oscilação de voltagens elétricas no cérebro. Delta é o mais lento (de 0 a 4 ciclos por segundo) e está presente no sono profundo.Teta (de 4 a 7 ciclos por segundo) está presente no estágio 1, quando estamos com sono leve. Ondas alfa, operando de 8 a 13 ciclos por segundo, ocorre durante o sono REM (assim como quando estamos acordados). E as ondas beta, que representam os ciclos mais rápidos de 13 a 40 por segundo, são somente vistas em situações de muito estresse ou situações que exigem muita concentração mental e foco. Essas quatro ondas cerebrais são registradas peloeletroencefalograma (EEG). 


Durante o sono REM, várias mudanças fisiológicas ocorrem. A freqüência dosbatimentos cardíacos e a respiraçãoaceleram, a pressão arterial aumenta. Não podemos regular a temperatura do corpo; nossa atividade cerebral aumenta ao mesmo nível (alfa) em quando estamos acordados, ou num nível ainda mais alto. O resto do corpo, entretanto, está essencialmenteparalisado durante o sono REM. Esta paralisia é causada pela liberação de glicina, um aminoácido, do tronco cerebral nos motoneurônios (os neurônios que transmitem os impulsos do cérebro ou da medula espinhal). O sono REM é o estágio em que a maior parte do sonho acontece, então, esta paralisia poderia ser o modo da natureza ter certeza de que não começaríamos a agir como em nossos sonhos. Por outro lado, se você está dormindo perto de alguém que está sonhando chutando uma bola, você pode levar um chute várias vezes enquanto você dorme.

Os 4 estágios exceto o sono REM são chamados de sono não-REM (NREM). Embora a maioria dos sonhos aconteça durante o sono REM, pesquisas mais recentes mostram que os sonhos podem ocorrer durante qualquer estágio do sono. Tore A. Nielsen, Ph.D. do Laboratório do sonho e pesadelo (em inglês) em Montreal, se refere a isto como ",sono REM oculto" que aparece durante o sono NREM. Entretanto, a maioria dos sonhos NREM não tem a intensidade dos sonhos REM.
Durante a noite, passamos pelos 5 estágios várias vezes. Porém, cada ciclo subseqüente inclui mais sono REM e menos sono profundo (estágio 3 e 4). Pela manhã, temos quase todos os estágios de sono REM 1, 2 e 3.

Para mais detalhes sobre sono e ciclos do sono, veja Como funciona o sono

Sono REM
um soldado do exército norte-americano dormindo
Foto cedida DVI
Um soldado do exército norte-americano dorme em uma prisão em Samara, Iraque
O que acontece se você não consegue ter o sono REM? No princípio, os pesquisadores pensavam que se não houvesse o sono REM significava não sonhar. Teorizavam que os sonhos eram um tipo de válvula de escape que ajudava seu cérebro a liberar a energia que você não conseguiu liberar durante o dia. William Dement, MD, agora na Universidade de Medicina de Stanford, realizou um estudo em 1960 em que todas as pessoas envolvidas na experiência eram acordadas toda vez que entravam no sono REM. Suas descobertas incluíram distúrbios psicológicos moderados, como ansiedade, irritação e dificuldade de concentração. Ele também notou um aumento no apetite. Enquanto alguns estudos apoiavam essas idéias, outros não aceitavam.

Os estudos adicionais tentaram fazer uma conexão entre a dificuldade de lembrar das coisas e a falta de sono REM, mas estes estudos também vieram por terra com mais pesquisas. Um deslize incontestável da teoria da perda de memória foi um homem que teve um dano cerebral que o levou a não ter o sono REM. Ele concluiu a faculdade de direito e não teve problemas em sua vida diária.

As últimas ideias sobre o sono REM são associadas à aprendizagem. Os pesquisadores estão tentando determinar os efeitos que o sono REM e a sua falta têm sobre a aprendizagem de certos tipos de habilidades, em geral físicas em vez de memorização. Essa conexão parece forte em alguns aspectos devido ao fato de que bebês e crianças entre 1 e 3 anos já tiveram muito mais sono REM que adultos.
Fatos sobre o sonho
  • A maioria dos sonhos duram de 5 a 20 minutos.
  • As pessoas não sonham somente em preto e branco como se pensava.
  • Embora talvez não se lembrem, todos sonham várias vezes por noite. De fato, durante uma vida normal, passamos aproximadamente seis anos sonhando.
  • As pessoas que são cegas de nascença têm sonhos que são formados por seus outros sentidos ( tato,  olfato etc.).
  • Quando as pessoas estão roncando, elas não estão sonhando.
  • Os elefantes (e alguns outros animais) dormem em pé durante o sono NREM, mas se deitam para o sono REM.

Referência

23 de dezembro de 2013

VIVA OS MOMENTOS



"A única maior lição que o jardim ensina é que a nossa relação com o planeta não precisa ser zero-soma, e que, enquanto o sol ainda brilha e as pessoas ainda podem planejar e plantar, pensar e fazer, podemos, se nos preocupamos em tentar, encontrar maneiras de fornecer para nós mesmos, sem diminuir o mundo".
― Michael Pollan

17 de dezembro de 2013

A CIÊNCIA BUSCA ENTENDER COMO O CORPO REAGE A UMA AMEAÇA

Desvendar como o cérebro percebe o perigo é chave para entender doenças como a síndrome do pânico.

Nas trilhas do medo, ciência busca entender como o corpo reage a ameaças Leonardo Azevedo/Arte ZH
De uma coisa não restam dúvidas: o medo é essencial para a preservação das espéciesFoto: Leonardo Azevedo / Arte ZH
Paloma Oliveto

Pode ser o barulho seco de um galho quebrando ou um vulto que passa sorrateiro. Os sentidos se aguçam, as pupilas se dilatam, os pelos eriçam, o coração dispara. Orquestrado pela mente, o corpo todo reage. Por cada poro, brota o medo, uma das mais primitivas emoções do homem.

Entender o que se passa no cérebro antes mesmo que a razão perceba o perigo é um dos desafios da ciência. Mas ainda há muito o que se descobrir, principalmente porque aí pode estar a chave para o tratamento de condições desafiadoras, como a síndrome do pânico e o transtorno da ansiedade generalizada.

De uma coisa não restam dúvidas: o medo é essencial para a preservação das espécies. Temer o perigo é condição básica para driblar os predadores e escapar de situações potencialmente arriscadas. Testes com animais revelam um padrão diante de ameaças. “Fuja ou lute”, parece dizer o cérebro. O que vai definir a escolha é um duplo processo iniciado pelo tálamo, a região que capta os estímulos externos e os passa adiante. O corpo é extremamente sensível à possibilidade de ameaças. Múltiplos caminhos levam a informação do medo até o cérebro.

Pavor rotineiro

Há indivíduos que sentem medo o tempo todo. Alguns cientistas acreditam que a síndrome do pânico e o transtorno de ansiedade generalizada podem estar relacionados com a ativação do sistema “fuja ou lute” diante de acontecimentos estressantes do dia-a-dia. O tálamo identificaria no estresse uma ameaça e, como no caminho rápido, enviaria essa informação à amígdala. A região do cérebro que decodifica emoções interpretaria a situação “ameaçadora” sem dar tempo para o córtex sensorial avaliar racionalmente o estímulo.

O neuropsicólogo Justin Feinstein, da Universidade de Iowa (EUA), acredita, porém, que os distúrbios do medo passam longe da amígdala, o que evidenciaria a participação de outras regiões do cérebro na formação do pânico. Ele chegou a essa conclusão ao estudar o curioso caso de S.M, uma artista plástica de 47 anos que sofre da doença de Urbach-Wiethe, caracterizada pela ausência de temor.

Na adolescência, as amígdalas de S.M. foram destruídas e, com elas, qualquer resquício de medo. A paciente revelou que andar de montanha-russa, por exemplo, é divertido e engraçado, mas que não consegue sentir nem um friozinho na barriga.

Contudo, a equipe de Feinstein fez a mulher provar uma sensação que há décadas desconhecia: os médicos deram uma dose de CO² para ela inalar. O gás causa sensação de falta de ar e induz pessoas normais ao estado de terror. Pouco depois do início do teste, S.M. gritou por ajuda. A artista descreveu aos médicos um estado mental terrível, completamente novo – pânico.


– Seus batimentos cardíacos aceleraram, ela estava completamente estressada, temendo por sua vida – afirma Feinstein.

De acordo com o psicólogo, enquanto informações do mundo externo são filtradas pelas amígdalas antes de o medo ser produzido fisiologicamente, os sinais de pavor originados dentro do indivíduo seguem por uma rota diferente.

– É uma descoberta que pode ser fundamental para explicar por que as pessoas têm ataques de pânico – avalia.

3 de dezembro de 2013

UM MATERIAL QUE PODE REGENERAR-SE QUANDO DANIFICADO

           Modelo de um material de auto-reparação usando nanobastões (Crédito: University of Pittsburgh)
E se você pudesse programar um objeto quebrado ou danificado a regenerar-se - a reposição dos componentes danificados ou ausentes, e estendendo sua vida útil - em vez de substituí-lo ou exigir reparações dispendiosas?Agora na  Universidade de Pittsburgh  pesquisadores desenvolveram modelos computacionais de um novo gel polímero que pode fazer exatamente isso.

"Esse é um dos objetivos primordiais da ciência de materiais", observou Anna C. Balazs, PhD, distinto da Escola Robert Swanson vd Luft Professor de química e engenharia de petróleo e um dos autores de um Nano Letterspapel. "Outros desenvolveram materiais que podem consertar pequenos defeitos, [mas] não há nenhuma pesquisa publicados sobre sistemas que podem regenerar partes em massa de um material decepada. Isso tem um tremendo impacto sobre a sustentabilidade, porque você poderia estender a vida útil de um material, dando-lhe a capacidade de regenerar quando danificado. "

A equipe de pesquisa foi inspirada por processos biológicos em espécies, como anfíbios, que pode regenerar membros decepados.

Uma cascata dinâmico biomimético


"Quando olhamos para os processos biológicos subjacentes a regeneração dos tecidos em anfíbios, foram considerados como poderíamos replicar essa cascata dinâmica dentro de um material sintético", disse Balazs.

"Precisávamos desenvolver um sistema que primeiro iria sentir a remoção de material e iniciar a rebrota, então propagar que o crescimento até que o material atingiu o tamanho desejado e, em seguida, a auto-extinguir o processo."

"Nosso maior desafio foi lidar com a questão do transporte dentro de um material sintético", disse Balazs. "Os organismos biológicos possuem sistemas circulatórios para conseguir transporte de massa de materiais como as células do sangue, nutrientes e material genético.

Os materiais sintéticos não possuem inerentemente um sistema desse tipo, por isso precisava de algo que agiu como um sensor para iniciar e controlar o processo. "

Material híbrido: nanorods + gel

A equipe desenvolveu um material híbrido de nanobastões cerca de dez nanômetros de espessura incorporado em um gel polímero, que é cercada por uma solução contendo monômeros (uma molécula que pode combinar com outros para formar um polímero) e agentes de ligação cruzada (moléculas que apontam um polímero cadeia para o outro) para replicar a cascata dinâmico.

Quando parte do gel é cortado, os nanobastões perto do corte agem como sensores e migrar para a nova interface. As cadeias funcionalizados ou "saias" sobre uma extremidade destes nanorods mantém localizada na interface, e os locais (ou "iniciadores") ao longo da superfície da haste de desencadear uma reacção de polimerização com o monómero e agentes de reticulação na solução externa.

A ideia é controlar o processo para que o novo gel se comporta e aparece como o gel-lo substituído, e para terminar a reação para que o material não iria crescer fora de controle, guiado por três conjuntos críticos de instruções - iniciação, propagação e terminação - que Balazs descrito como uma "bela cascata dinâmico" de eventos biológicos.

Sequoia modelo pau-brasil-árvore

No futuro, os pesquisadores planejam melhorar o processo e fortalecer os laços entre os antigos e os recém-formados géis, e por isso eles foram inspirados por outra metáfora da natureza, a árvore sequóia gigante.

"Uma árvore sequóia terá um sistema radicular superficial, mas quando eles crescem em números, o sistema radicular se entrelaçam para dar apoio e contribuir para o seu enorme crescimento", explicou Balazs. Da mesma forma, as saias de nanorods pode proporcionar resistência adicional ao material regenerado.

A próxima geração de pesquisa seria otimizar ainda mais o processo de crescer múltiplas camadas, criando materiais mais complexos, com múltiplas funções.

Outros investigadores principais e co-autores são Xin Yong, PhD, pós-doutorado associado, que é o principal autor do artigo, Olga Kuksenok, PhD, professor associado de pesquisa, e Krzysztof Matyjaszewski, PhD, JC Warner Professor da Universidade de Ciências Naturais, Departamento de Química da Universidade Carnegie Mellon.

Resumo da Nano Letters papel

Com abordagens computacionais recentemente desenvolvidos, concebemos um nanocompósito que permite a auto-regeneração da matriz de gel, quando uma porção significativa do material é cortado. O corte instiga a cascata dinâmica de eventos cooperativos que conduzem à rebrota. Especificamente, nanobastões funcionalizados localizar na nova interface e iniciar a transferência de átomo de polimerização radical com monômeros e agentes de ligação cruzada na solução externa. A reacção propaga para formar um novo gel de ligação cruzada, o qual pode ser sintonizado para assemelhar-se o material não cortado.

Referência
[+]
a) A configuração inicial de uma rede de gel funcional. (B) vista de cima para baixo do estado de equilíbrio de um gel inchado em um solvente a uma temperatura de 293,15 K. As contas verdes representam as fibras de polímero, as contas vermelhas são agentes de ligação cruzada, e as contas azuis estão pendurados termina com um baixa conectividade. (Crédito:. Xin Yong et al /Nano Letters )
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Desperte para a regeneração da alma e do próprio corpo físico, começando por se desintoxicar daquilo que desequilibra a tua saúde física. Depure e purifique teus pensamentos, olhando mais para o Sol da verdade, do que para as nuvens da ignorância. Quem se faz luz não teme a escuridão, nem nevoeiros passageiros. Sabe que tudo que não for essencialmente divino, passa e se transmuta. Sendo assim, transmute-se!