9 de novembro de 2015

AS CORES NA COMUNICAÇÃO VISUAL PARTE 2




A soma da cor-luz vermelha mais a cor-luz verde produz a cor-luz amarela. Nesta mistura, falta a cor-luz azul. Por isso diz-se que a cor-luz azul e a cor-luz amarela são cores complementares entre si. Isso significa que a cor secundária complementaria o que "falta" na cor-luz primária. Assim, também, o par cor-luz verde x violeta e o par vermelho x ciano são complementares entre si.

Os três pares de cores-luz complementares seriam assim como é visto no diagrama abaixo./p>

VVermelho (primária) x Ciano (secundária)
Azul (primária) x Amarelo (secundária)
Verde (P) x Violeta (S)




Por outro lado, nós podemos organizar visualmente estes conceitos utilizando-nos de um diagrama chamado de círculo das cores.

TTrata-se de colocar as três cores-luz primárias (identificadas, no diagrama, com a letra P) e as três cores-luz secundárias (letra S) em um diagrama circular como visto abaixo.



Esta ferramenta é arbitrária, claramente, pois a cor-luz vermelha e a cor-luz violeta não se encontram no espectro das cores, como mostramos anteriormente, mas são justapostas, lado a lado, no círculo das cores.

Observando o diagrama acima, vemos que as cores-luz secundárias estão posicionadas entre as duas cores primárias que as constituem. O amarelo, por exemplo, está posicionado entre o vermelho e o verde.

Além disso, vemos que a posição das cores primárias no círculo é diametralmente oposta à posição da sua cor complementar. Esta relação é identificada pelas setas. Novamente, o amarelo, por exemplo, está posicionado diametralmente oposto ao azul.

Por outro lado, como vemos na ilustração abaixo, nós não precisamos limitar nosso círculo de cores a apenas às seis cores iniciais. Podemos, em teoria, aumentar o número de cores indefinidamente no círculo.

No círculo de cores abaixo, por exemplo, nós aumentamos as cores para 12, acrescentando mais 6 cores que poderíamos denominar de terciárias (T), pois elas são a soma de uma cor primária com uma cor secundária.

O conceito de cores complementares também fundamenta uma teoria da fisiologia da visão.

Quando nós observamos uma cor intensa por muito tempo, tal como quando olhamos para uma lâmpada acesa, quando desviamos nosso olhar nós vemos o que é denominado de pós-imagem, isto é, uma imagem similar àquela que havíamos visto antes, só que colorida pela(s) sua(s) cor(es) complementar(es). Assim, se a imagem era de um intenso amarelo, nós veremos uma pós-imagem em cor azul e assim por diante.

O experimento abaixo ilustra esta condição de nossa percepção. Você verá, por alguns segundos, uma imagem em cores vibrantes. Você deverá olhar fixamente para o ponto central desta imagem, sem desviar os olhos. Após alguns segundos, a imagem original será substituída por uma tela em branco.

Caso a teoria da fisiologia da visão esteja certa, você deverá ver uma pós-imagem, similar à imagem inicial, mas colorida com as cores complementares.


As três cores-luz rimárias são muito utilizadas em nosso
cotidianos, especialmente em monitores de computador
e nas televisões.

As imagens que vemos em nossos computadores são produzidas através da combinação de minúsculos pontos coloridos, compostos pelas três cores-luz primárias. Cada ponto composto é denominado de pixel (ver na Wikipedia).

Conforme as minúsculas luzes vermelho-verde-azul do monitor se acendem ou se apagam, obtém-se toda a infinidade de cores que vemos nas imagens. Este padrão cromático de monitores é denominado de padrão RGB, pelas iniciais, em inglês, das três cores-luz primárias: Red (vermelho), Green(verde) e Blue (azul).
Abaixo, vemos a tela de um monitor ampliada, onde se vê os de pixels coloridos.



A cor pigmento



Até agora, temos falado de cor enquanto um fenômeno luminoso, isto é, enquanto uma qualidade visível de determinadas ondas eletromagnéticas.

AAgora passaremos a falar das chamadas cores-pigmento, isto é, falaremos da cor enquanto resultante das qualidades químicas dos objetos que absorvem ou refletem as luzes cromáticas.

As cores que nós percebemos nos objetos são, na verdade, luz refletida./p>

Considerando que a luz solar branca é, como vimos, composta de todas as cores do espectro cromático, cada objeto do mundo tem uma estrutura química peculiar que absorve certas luzes-coloridas enquanto reflete outras.

NNo exemplo abaixo, simplificando, o plano em verde absorve todas as cores-luz do espectro, exceto a cor-luz verde, a qual ele reflete. Por isso, vemos o plano na cor verde. O mesmo ocorre quando o plano é vermelho. Ele absorve todas as faixas do espectro cromátrico, menos a vermelha, a qual ele reflete.

Por outro lado, vermos um objeto branco significa que ele reflete todas as faixas do espectro cromático e não absorve nenhuma. E, ao contrário, um objeto em preto absorve todas as faixas cromáticas e não reflete nenhuma./p>

Isso significa que, qualquer que seja a cor que vemos em um objeto, todos os outros raios luminosos cromáticos foram absorvidos, não refletidos.


Cada material tem um índice de reflexão (ou absorção) da luz que incide sobre si. Um espelho, por exemplo, tem um alto índice de reflexão da luz (ou, em outras palavras, um baixo índice de absorção). Quanto mais claro um objeto, maior é a reflexão de luz que sua matéria realiza.

Isso implica em que a cor pigmento é, na verdade, subtrativa: é o resultado de diversas subtrações que a estrutura química dos objetos provocam na luz branca. Quanto mais escura a cor, mais ela subtrai da luz que incide sobre ela. Quanto mais clara, menos subtrai.

Este fator subtrativo da cor-pigmento tem uma profunda e significativa diferença com relação à cor-luz.

Como vimos, quando eu projeto dois refletores de cores diferentes para um mesmo ponto, eu estou somando as suas cores-luz. Isto significa que o resultado da soma será mais luminoso que as duas luzes que estão sendo somadas.

É exatamente o oposto o que ocorre com a cor-pigmento.

Imagine que eu tenho uma lata de tinta vermelha (visto abaixo, nº 1). É uma cor-pigmento, portanto, todas as outras cores-luz foram subtraídas menos a cor vermelha que está sendo refletida em direção aos meus olhos. Além desta, eu tenho outra lata de tinta na cor verde (nº 2). Da mesma maneira, todas as cores-luz foram subtraídas menos a cor verde.

Se eu misturar as duas tintas das latas, a subtração de cores-luz vai ser ampliada. Vamos subtrair todas as cores-luz da tinta e vermelha e, além disso, subtrair mais todas as cores-luz da tinta verde.

O resultado desta mistura (nº 3, no exemplo acima) vai ser mais escuro do que as duas cores pigmento que foram misturadas, pois foram subtraídas ainda mais cores-luz da mistura. Isto significa que:

misturar cores-luz = o resultado será mais claro
misturar cores-pigmento = o resultado será mais escuro

Quando dizemos "verde", estamos nos referindo a uma determinada luz que atinge nossa retina. Se esta cor é produzida por uma fonte luminosa, ela é mais intensa do que se fosse uma cor refletida por um objeto.

Além disso, é preciso relembrar que este monitor onde você lê estas aulas é desenvolvido para utilizar as cores-luz. Sendo assim, é impossível demonstrar com exatidão, neste monitor, as qualidades da cor-pigmento.

Continua na parte 3...

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