Resposta está na mecânica quântica
Julian Barbour trabalhou sozinho na maior parte de sua teoria, algumas vezes em colaboração com Bruno Bertotti, físico italiano e ex aluno de Erwin Schrodinger, um dos maiores físicos da atualidade. "Eu era prisioneiro desta pergunta: o que é o tempo?", ele diz. "As teorias de Newton e Einstein contêm verdades maravilhosas, mas não abordam diretamente essa questão." A chave está no mundo estranho e complexo da mecânica quântica, uma idéia que tem origem no pensamento de Max Planck, físico alemão, em 1990.
No mundo de Newton, quando a gente chuta uma bola de futebol, podemos prever a velocidade e a direção em que ela vai se mover. Quando ela para, sabemos exatamente onde ela está. Essas observações parecem evidentes por si. Mas na mecânica quântica, o mundo é virado de cabeça para baixo.
Há partículas subatômicas que não respondem a princípios tradicionais. Elas agem sem qualquer espécie de previsibilidade. Mais do que isso, elas têm a capacidade de existir em dois lugares diferentes ao mesmo tempo. As distâncias podem ser enormes. Nesse sentido, distância também é tempo. Se essas partículas não têm nenhum respeito pela distância, então não têm também qualquer respeito pelo tempo. Barbour acredita que elas existam em um mundo que não tem tempo.
Na teoria de Barbour, o mesmo fenômeno vale para tudo, não apenas para partículas subatômicas. De acordo com ele, cada instante em uma vida é como uma fotografia, uma imagem singular. Newton e Einstein concordam que essas fotos estejam unidas pelo tempo: elas passam como um filme. Mas Barbour propõe que isso é uma ilusão. Na realidade, essas fotos todas coexistem ao mesmo tempo. Dessa maneira, todos estamos vivos e mortos ao mesmo tempo.
RESPONSABILIDADE
Há 12 anos
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