25 de janeiro de 2013

AFINAL, QUAL A NATUREZA DO UNIVERSO?



Neste momento, se pudéssemos dar um zoom nas nossas mãos, veríamos um número colossal de elétrons que pertencem ao nosso corpo interagindo e repelindo os elétrons que estão ligados aos átomos que compõem a matéria. Ao interagirem, eles mudam algumas de suas características elementares. Da mesma maneira, todas as partículas do ar em contato com você estão trocando informações com as suas partículas, e as partículas de luz emanadas pelo Sol também vão interagir com as partículas que elas encontrarem pelo caminho. Tudo que existe segue essa linha, até o infinito.

Contudo, nessa dinâmica existe algo realmente surpreendente. Essas interações incessantes entre partículas, se parecem muito com a dinâmica de funcionamento de um computador!


O que leva à inevitável pergunta: será possível que essa coisa enorme que chamamos de “Universo” possa ser nada mais que uma sofisticada máquina de calcular? Seríamos nós, as estrelas, os planetas, as galáxias, os elétrons, os fótons, os prótons e tudo o mais, meros amontoados de bits nessa imensa e aparentemente caótica salada de processamento? É possível que essa coisa que chamamos de “existência” ocorra meramente dentro de uma máquina? Será que o Universo, da forma como o imaginamos, na verdade não passa de apenas uma ilusão?

- Teorias científicas



Segundo Seth Lloyd (especialista em computação quântica do Instituto de Tecnologia de Massachusetts), o Universo é uma calculadora de última geração. Ele representaria o poder computacional máximo possível, até onde se pode imaginar. O raciocínio vem com um argumento que soa quase trivial: “Simplesmente por existirem, todos os sistemas físicos registram informação” , explica. “O Universo é um sistema físico.”

Simplificando um pouco, a mecânica quântica é uma teoria que fala de informação – mais especificamente, de quanta informação você pode obter a respeito de uma partícula.

Graças ao físico alemão Werner Heisenberg, sabe-se desde 1927 que ninguém pode saber tudo sobre uma dada partícula – se você quiser a velocidade precisa, terá de abdicar da informação da posição; o melhor que se pode conseguir é saber mais ou menos todas as coisas, ou conhecer uma coisa em detrimento de outra. A natureza, ao que parece, dá com uma mão e tira com a outra, ao mesmo tempo.


E isso acontece porque, quando alguém faz uma observação de uma partícula, acaba alterando essa partícula, de forma que é impossível saber como ela estava antes de ser observada. Por exemplo, um elétron, ao interagir com um fóton (uma partícula de luz, usada justamente para sondar o elétron), sofre uma modificação em suas propriedades originais. Ora, isso não é basicamente a mesma coisa que faz um computador? Com seus componentes, ele processa seqüências de zeros e uns, os famosos bits, transformando-os em outras seqüências de zeros e uns, segundo um padrão lógico. No caso quântico, partículas interagem com outras partículas e mudam seu estado, que pode ser visto como “bits quânticos” (ou “qubits”), segundo uma lógica que nada mais é do que as próprias leis da física.


Para Lloyd, o Universo é simplesmente o “computador quântico definitivo”. E, para provar que não está falando besteira, ele submeteu um estudo à revista científica Physical Review Letters demonstrando essa idéia. Lloyd calculou a capacidade computacional do Universo inteiro!


Está pronto para ela? Então vamos lá. Segundo o pesquisador americano, o Universo possui no total, à sua disposição, 1090 bits. Se escrito em notação científica, o número não impressiona muito, vamos tentar então do modo mais tradicional: 1 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000.

Indo ainda mais longe, e usando uma estimativa grosseira da idade do Universo (ele arredondou para 10 bilhões de anos, quando o mais preciso teria sido usar 13,7 bilhões, a idade mais aceita hoje em dia), Lloyd concluiu que o Cosmos, durante sua vida, não pode ter executado mais que 10120 operações computacionais. Vamos poupar a coleção de zeros desta vez; basta dizer que é o equivalente a 1 seguido por 120 zeros.

Na prática, o que esse cálculo quer dizer é que, se uma civilização avançada quisesse simular o nosso Universo inteiro num computador quântico, ela precisaria ter todo esse poder computacional a sua disposição. Por outro lado, será que uma civilização avançada precisaria simular com seu computador quântico um Universo inteiro para nos levar a crer que estamos num Universo? Ou bastaria uma imitação que fosse boa o suficiente?


- Simulando a realidade

A premissa ficou famosa pelo filme de ficção científica Matrix, de 1999. Mas muitos tecnólogos, futurólogos e filósofos admitem que não é de todo surreal que haja um fundo de realidade (se é que estamos em condição de descrever o que é a “real realidade”) na idéia. Nick Bostrom, do Departamento de Filosofia da Universidade de Oxford, no Reino Unido, chega até a fazer as contas a esse respeito. Ele diz que existe nada menos que 33,3% de probabilidade de que estejamos todos nós imersos numa simulação de computador.


Simular o Universo inteiro até o nível quântico é obviamente impraticável. O Universo inteiro, em todos os seus detalhes, exigiria um computador do tamanho do próprio Universo, mas as experiências que podemos observar, direta ou indiretamente, podem ter muito menos detalhes, de modo que um computador com capacidade inferior à do Cosmos inteiro seria capaz de simular. Apenas o que for necessário para garantir que os humanos simulados, interagindo de formas humanas normais com seu ambiente simulado, não notem nenhuma irregularidade Por exemplo, a estrutura microscópica do interior da Terra pode ser omitida com segurança, objetos astronômicos distantes podem ter representações altamente compactadas e assim por diante.

- Dimensões em buracos negros


Sabemos que o Universo evolui numa marcha que vai de estados mais organizados (como estrelas e galáxias) para estados menos organizados (partículas elementares diluídas uniformemente pelo vácuo). É por isso que os cientistas dizem que a entropia (medida de desorganização) aumenta com o passar do tempo. E os buracos negros – objetos tão densos que nem a luz escapa de sua gravidade –, como são isolados do mundo exterior pela intensa força gravitacional, são tidos como os objetos mais entrópicos que existem. No entanto, cálculos com as teorias atuais mostram algo estranho: quando eles engolem matéria ao seu redor, sua entropia cresce proporcional à superfície do chamado horizonte de eventos – fronteira que delimita o ponto a partir do qual nada mais conseguiria escapar do buraco negro, nem mesmo a luz.


Simplificando, é possível codificar toda a informação presente no volume do buraco negro em sua superfície, sem uma terceira dimensão. Isso é exatamente a mesma coisa que acontece quando criamos um holograma!





Como em um decalque ou cartão de crédito com um holograma colado, ao mudarmos o ângulo em que observamos, percebemos que há codificação de informações tridimensionais – você pode enxergar o que está “atrás” do objeto, ou ver partes do objeto que não eram visíveis de outro ângulo. No entanto, sabemos que o holograma é bidimensional – afinal, está apenas impresso numa folha.


Agora, se os buracos negros podem ser interpretados como hologramas, por que não todo o resto? Foi a pergunta que se fizeram o físico holandês Gerardus ‘t Hooft e o físico americano Leonard Susskind, quando desenvolveram o chamado princípio holográfico.

A grande ideia por trás dessa viajem toda é que, na verdade, todos nós podemos então simplesmente estar vivendo no horizonte de eventos de um buraco negro. Pior ainda: na forma de hologramas!



- Moldando o Cosmos


"Não existe o que chamamos de 'matéria', toda matéria surge e existe apenas em virtude de uma força que leva as partículas de um átomo a vibrar e manter equilibrado esse diminuto sistema solar que é o átomo. Temos de aceitar a existência de uma mente consciente e inteligente por trás dessa força. Essa Mente é a matriz de toda a 'matéria“.


- Max Planck [Criador da Física Quântica]

A solidez do mundo parece inquestionável, assim como seu corpo e seu computador parecem ser coisas fixas que você pode ver e tocar, mas o que vem sendo discutido desde os tempos de Einstein com o nascimento da física moderna, é o fato dessa solidez ser uma miragem.

O físico nuclear Ernst Rutheford realizou uma experiência em Manchester que revelou a forma interior do Átomo. Os cientistas ficaram surpresos quando descobriram que o átomo é praticamente um espaço-vazio. E daí surgiu uma pergunta intrigante para a "razão" da ciência ortodoxa: "Como é possível um átomo vazio formar o mundo sólido que nos rodeia?"



Outro fato importante é que os elétrons orbitam em volta do núcleo, mas eles nunca se encostam. Assim, você nunca encostou em nada na sua vida! Isso pois os elétrons que orbitam o átomo se repelem (cargas iguais se repelem e o elétron é uma partícula negativa), logo o que você sente é nada mais que impulsos elétricos que trafegam em nosso sistema nervoso em direção ao cérebro, que decodifica esses impulsos.

É como se toda 'matéria física', ou seja tudo a nossa volta, fosse resultado de uma vibração, uma frequência! Isso significa que se você alterar a frequência, a estrutura de matéria também vai mudar. Nós vivemos em um Universo holográfico, e em um holograma cada pequena parte é um reflexo do TODO. Por exemplo, o átomo e o sistema solar, e podemos ainda ir mais além, pois uma galáxia se comporta da mesma maneira e também possui uma Singularidade em seu centro. Quanto mais perto do núcleo de uma galáxia, mais Radiação/Luz existe, sabemos que no centro de uma galáxia existe um enorme Buraco Negro.


Isso nos leva a teoria de Nassin Haramein, onde no núcleo de cada átomo há um "mini Buraco Negro", se lembrar que no núcleo do átomo há o Próton e o Nêutron "lutando" para se equilibrarem, percebemos que a Singularidade é o equilíbrio entre as polaridades, ou seja, matéria e antimatéria, vibração e a não vibração ou caos e harmonia co-existindo.

O espaço que pensamos ser o "vazio” (éter) é na verdade um elemento básico para a estrutura perceptível da existência. Ele é maleável e pode ser moldado pela INTENÇÃO. Isso significa que a realidade é então formada pela nossa Consciência. A consciência é a única que cria e modela a realidade individual e coletivamente, essa consciência emana da Singularidade (ou Buraco Negro) de cada ser humano.





- Pensamentos criando realidade
Segundo algumas vertentes crescentes, o pensamento é vibração, assim como as nossas emoções. É a consciência se manifestando num "caos"(estrutura de espaço e tempo) criado para gerar experiências. O universo então é um reflexo da nossa consciência coletiva que cria constantemente sem cessar, respeitando as "leis dos estados vibratórios”.

Toda essa realidade e as suas 4 dimensões (Altura, largura e profundidade = Espaço e mais Tempo) é percebido por nossos 5 sentidos(visão, audição, olfato, tato e paladar) que por sua vez são todos apenas sinais elétricos interpretados por nossos cérebros. Assim, podemos afirmar que TUDO que chamamos de realidade são sequências especificas de códigos que montam esse Holograma de Tempo e Espaço.


A psicologia moderna hoje já sabe que as únicas emoções que nós sentimos é amor ou medo, todo resto é derivado desses dois, como a nossa raiva que nada mais é do que um ato de medo, ou amor reprimido, uma sensação de impotência perante uma situação que não se tem 'controle'. Desta forma, não é loucura pensar que nossas emoções afetam diretamente a estrutura desse holograma, assim como a nossa percepção da realidade.
A realidade é um holograma controlado pela vibração de consciências e nós estamos literalmente ajudando a criar o futuro com a sua corrente de pensamentos. Desde o nível sub-átomico, a realidade se comporta de acordo com a expectativa do observador (que somos nós), porque o observador é a consciência em sua forma mais pura, sendo a consciência que molda o universo todo.

Onde é que a ilusão termina e a realidade começa? O que é o Universo e a consciência? Qual o propósito disso tudo? Essas são perguntas que se somam às outras para questionar racionalmente a certeza, tão embutida em cada um de nós.

O funcionamento do universo de tempo e espaço vai muito além da lógica convencional que estamos acostumados e que podemos ver com os nossos sentidos e só estamos começando a arranhar a superfície do conhecimento real. É preciso se abrir para todas as possibilidades, alcançando outros níveis de abstração, a fim de compreender esse lugar tão bizarro e imprevisível chamado Cosmos.

Essas questões, tão fascinantes ou perturbadoras como podem parecer, são extremamente controversas. Literalmente, ao final de tudo, a realidade está nos olhos de quem vê.


Henrique Ab Origine
Escritor e estudioso
Curioso a cerca dos grandes mistérios das antigas civilizações
Fonte

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