A serpente, tanto quanto o homem, distingue-se de todas as outras espécies animais. Se o homem se encontra no final de uma escala genética evolutiva, a serpente deve ser colocada no início. Homem e serpente são opostos. C.G. Jung dizia que a serpente é um vertebrado que encarna a psique inferior, o psiquismo obscuro, aquilo que é raro, incompreensível, misterioso.
A serpente não apresenta um arquétipo, mas um complexo de arquétipos ligado à noite fria, pegajosa e subterrânea das origens: todas as serpentes possíveis formam,juntas, uma única multiplicidade primordial, uma Coisa primordial invisível que não cessa de desenroscar-se, desaparecer e renascer.. Esta Coisa, como diz Keyserling é a camada mais profunda da vida, o reservat'roio, o potencial em que se originam todas as manifestações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário