"Chanucá ou Hanucá (חנכה ḥănukkāh ou חנוכה ḥănūkkāh) é uma festa judaica, também conhecido como o Festival das luzes. "Chanucá é uma palavra hebraica que significa "dedicação" ou "inauguração". A primeira noite de Chanucá começa após o pôr-do-sol do 24º dia do mês judaico de kisliev e a festa é comemorada por oito dias. Uma vez que na tradição judaica o dia do calendário começa no pôr-do-sol, o Chanucá começa no 25º dia."
"Por que chamamos Chanucá de Festa das Luzes? Por que não a Comemoração do Azeite ou o Milagre dos Oito Dias?
O radical da palavra Chanucá é chinuch, que significa educação.
Chanucá é um processo espiritual cumulativo, através do qual o total das trinta e seis luzes que são acesas crescem para revelar a luz da Criação.
O que é luz?
A luz é geralmente usada como metáfora para sabedoria. O símbolo universal para o entendimento em um desenho ou ilustração gráfica é uma luz ou raio. Luz. Ver. Pessoas de todas as culturas, quando apreendendo um conceito que está sendo explicado, usam nos mais diversos idiomas, uma palavra: ver. "Oh, estou vendo", dizemos, quando finalmente passamos a entender alguma coisa.
Maimônides escreve que um profeta pode vivenciar um raio de luz, de radiância, que ilumina seu caminho. "Luz" é freqüentemente usada na Torá para exprimir conhecimento e sabedoria. Com as palavras "Que haja luz," a criação do mundo emergiu. O Talmud explica que esta luz iluminou Adam e Eva por trinta e seis horas, do meio-dia da sexta-feira por todo o dia do Shabat, quando "Adam pôde ver do fim do mundo até seu [outro] fim." Durante esse tempo, a Luz Primordial, a sabedoria interior de propósito e verdade, foi exibida à humanidade.
Mas para este propósito da criação ser realizado e a ordem de vencer a escuridão fosse manifestada, esta luz intensa foi oculta do universo, armazenada para um tempo que ainda chegaria.
Desde então, ansiamos por aquela luz, nós a procuramos e buscamos em oração, estudo e meditação. Porém, mesmo em nossas horas mais sombrias podemos acessar esta lembrança nascida das 36 horas em que nós, humanidade como um todo, vivemos nesta luz. "Onde deveria estar oculta esta luz?" pergunta o Midrash, "na Torá." Em sua radiância sentimos a sabedoria, propósito, e a intenção da criação.
Em toda geração há 36 almas elevadas presentes que apóiam, nutrem e guardam esta luz. Ocultas, discretas, e praticamente desconhecidas, estas 36 pessoas justas são centelhas daquela Luz Oculta. Por meio da consciência refinada desses justos, a luz da Torá permeia o mundo.
Durante os oito dias de Chanucá, nosso mundo está luminoso com esta luz gloriosa.
Diferentemente das velas do Shabat, as luzes de Chanucá não podem ser utilizadas para o prazer pessoal. "Estas luzes são sagradas… podemos apenas contemplá-las". Pois embora nossa percepção possa ser embotada, nós fomos, e essencialmente somos, amos da visão. De fato, as luzes de Chanucá são colocadas na janela como um farol dizendo a todos os passantes que as trevas podem ser dissipadas com sabedoria, que a obscuridade pode ser iluminada com a verdade.
Ao mesmo tempo em que Chanucá comemora o passado, celebra também o presente e o futuro. Pois embora Chanucá celebre os milagres de uma simples ânfora de azeite ardendo por oito dias, também imbui o mundo com a esperança da Redenção, quando a luz triunfará sobre a negatividade. Isso é tanto passado e futuro, e como durante as 36 horas do começo da humanidade, "não haverá fome ou guerra, inveja ou rivalidade. Pois o bem será total, e todas as iguarias tão comuns como a poeira. A ocupação do mundo será apenas conhecer a D’us. 'Pois a terra estará repleta com o conhecimento de D’us, como as águas cobrem o leito dos oceanos.'" (Maimônides)."
(Por DovBer Pinson)
Referências:http://pt.wikipedia.org/wiki/Chanuc%C3%A1
Imagens:estudosjudaicos.blogspot.com
feipr.org.br
RESPONSABILIDADE
Há 12 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário