28 de maio de 2011

RESSONÂNCIA ELETROMAGNÉTICA TERRESTRE

O que é Ressonância?
Trata-se de uma propriedade ondulatória que envolve a interação de, pelo menos, dois corpos.
A propriedade mais importante da ressonância é a transferência de energia. Toda propagação ondulatória é uma propagação de energia. Quando um sistema oscilante gera uma onda com uma
determinada freqüência, esta se propaga e parte de sua energia é transferida a outros sistemas oscilantes por ela atingidos, mas para aqueles sistemas que tiverem a mesma freqüência do sistema oscilante gerador, essa transferência de energia é máxima.
Ressonância Eletromagnética

Para que ocorra ressonância de ondas eletromagnéticas na atmosfera terrestre é preciso que nela existam pelo menos uma fonte geradora dessas ondas e um sistema oscilante que com elas possa entrar em ressonância. Ambos existem. Vamos apresentar primeiro o sistema oscilante, nesse caso chamado de"cavidade ressonante".
A cavidade ressonante da Terra

Resguardadas a forma e a escala das dimensões, as ondas eletromagnéticas se comportam na região compreendida entre a superfície da Terra e a ionosfera, de forma análoga às ondas sonoras em tubo aberto nas duas extremidades, daí essa região ser considerada uma cavidade ressonante.

A cavidade ressonante terrestre constitui-se de duas cascas esféricas paralelas entre si, algo bem diferente de um tubo. Além disso, enquanto a casca inferior - a superfície da Terra - é bem definida, a casca ome indica, é uma região da atmosfera com alta densidade de íons - átomos que perderam um ou mais elétrons -, portanto suas dimensões dependem do número e da distribuição de elétrons livres da ionosfera.

Os íons formados e os elétrons por eles liberados se originam dos átomos dos gases que compõem a atmosfera por ação da radiação solar e dos raios cósmicos. Como essa ação é variável, sobretudo a da radiação solar, pois o movimento de rotação da Terra faz com que as regiões ensolaradas e as regiões de sombra se alternem ciclicamente, não é possível definir com precisão os limites da ionosfera.

Para o nosso caso, interessam à região em que a densidade de elétrons livres é maior, entre 50 km e 150 km, onde predomina a reflexão das ondas eletromagnéticas. Esse é o limite superior da cavidade ressonante e define sua forma: uma casca esférica de 50 km a 150 km de espessura. Avalia-se que dentro da cavidade ressonante da Terra ocorrem cerca de 100 relâmpagos por segundo - é fácil imaginar que em muitos intervalos de tempo ocorram seqüências de descargas elétricas com certa regularidade gerando ondas eletromagnéticas com as mais variadas freqüências. A maior parte dessas ondas eletromagnéticas tem freqüências que não se "encaixam" na cavidade ressonante terrestre e se dispersam rapidamente, por isso são chamadas de whistler waves ("ondas apito" em inglês); outras, ao contrário, "encaixam-se", ou seja, entram em ressonância - é a esse fenômeno que se

dá o nome de Ressonância Schumann, pois foi o físico W. O. Schumann quem o detectou pela primeira vez. A freqüência fundamental da Ressonância Schumann deve ser, aproximadamente, o tempo que a radiação eletromagnética leva para circundar a “concha esférica”, cujo limite interno é a superfície da Terrae o limite externo é a ionosfera. Sendo que, a velocidade da luz é de mais ou menos 300.000 km/s e um ciclo da circunferência da Terra, é de mais ou menos 40.000 km, a freqüência fundamental devia estar na ordem de:
300.000 km/s
----------------- = 7,5 ciclos/s


40.0000 km

Um ciclo/s equivale a 1 Hz, de forma que 7,5 ciclos/s é 7,5 Hz.
A real Ressonância Schumann é experimentalmente observada dentro do espectro de freqüências que variam entre 6 e 50 ciclos por segundos; especificamente 7, 8, 14, 20, 26, 33 e 45 Hz, com uma variação diária de aproximadamente +/- 0,5 Hz.

A ressonância fundamental observada de 7,8 Hz é bastante próxima da estimativa teórica de 7,5 Hz. Desde que as propriedades eletromagnéticas da cavidade da Terra permaneçam as mesmas, estas freqüências também permanecem a mesmas.
A freqüência fundamental pode ser modificada devido a vários eventos:


A intensidade e configuração de campo magnético da Terra, que vem se enfraquecendo nos
últimos 2000 anos;


A composição e propriedades da atmosfera;
A localização e propriedades da ionosfera;
ciclo de manchas solares;
Tempestades eletromagnéticas do Sol;
Propriedades eletromagnéticas da Terra;
Projeto HAARP (High Frequency Active Auroral Reserach Program);
Tempestades com trovões;
Se você olhar para o interior da Terra, você verá que existe uma diferença física entre a rotação do núcleo interior em relação à superfície da Terra. Entretanto, leva mais ou menos 400 anos para que o núcleo interno realize uma revolução completa dentro da Terra, de forma que sua freqüência é de apenas um ciclo a cada 400 anos. É mais interessante observar a freqüência das correntes no limite entre o núcleo interno sólido e o núcleo exterior líquido. Desde que o núcleo interno tem um raio de cerca de 1.200 quilômetros, sua circunferência é de mais ou menos 7.500 quilômetros. Quantos ciclos (voltas) uma corrente elétrica, viajando na velocidade da luz (300.000 km/s), em torno da circunferência do núcleo interno (7.500 km) daria em 1 segundo? Isto corresponde mais ou menos a 300.000 / 7500, ou seja, 40 (ciclos/segundo). Em outras palavras, a freqüência natural da Terra no limite do núcleo interno é de mais ou menos 40 Hz, que coincide com o limite superior das freqüências medidas na Ressonância Schumann: 7,8, 14, 20,26, 33, 39 e 45 Hz. Então, as freqüências da Ressonância Schumann correspondem à faixa de freqüências naturais da Terra desde a sua superfície até o limite de seu núcleo interno sólido.
Schumann constatou em 1952 que a Terra é cercada por uma campo eletromagnético poderoso que se forma entre o solo e a parte inferior da ionosfera que fica cerca de 100 km acima de nós, criando o que se chamou de “cavidade Schumann”. Nessa cavidade produz-se uma ressonância (dai chamar-se ressonância Schumann) mais ou menos constante da ordem de 7,83 pulsações por segundo(hertz). Funciona como uma espécie de marca-passo, responsável pelo equilíbrio da biosfera, condição comum de todas as formas de vida. Essa ressonância está ligada ao sol e às condições ecológicas gerais da biosfera e da atividade poluidora humana. Sabe-se que o aumento crescente do uso de celulares favorece a poluição magnética a nivel de todo o sistema-Terra, além de interferir no equilíbrio magnético dos neurônios.

Verificou-se também que todos os vertebrados e o nosso cérebro são dotados da mesma frequência de 7,83 hertz. Empiricamente fêz-se a constatação que não podemos ser saudáveis fora desta frequência biológica natural. Antes, ela é extremamente propícia para o estudo e para o equilíbrio emocional humano. Quando nosso sistema biológico funciona nos parâmetros desta frequência, ele está em sintonia com a frequência magnética da Terra.

Experimentos que Schumann fez com estudantes, encerrando-os em “bunkers” isolados magneticamente, mostrou que ficavam perturbados. Introduzindo as ondas Schumann, voltavam, pouco tempo depois, ao estado normal. Detectou-se também que toda vez que os astronautas, em razão das viagens espaciais, ficavam fora da ressonância Schumann, adoeciam. Mas submetidos à ação de um “simulador Schumann” recuperavam o equilíbrio e a saúde.

Leonardo Boff publicou um texto no Jornal do Brasil em 05/mar/2004, onde afirma:

"Empiricamente fêz-se a constatação que não podemos ser saudáveis fora desta freqüência biológica natural. Sempre que os astronautas, em razão das viagens espaciais, ficavam fora da ressonância Schumann, adoeciam. Mas submetidos à ação de um "simulador Schumann" recuperavam o equilíbrio e a saúde.


Pois bem, não é necessário ser um cientista para ir até o site da Nasa e fazer uma consulta sobre esta afirmação tão surpreendente. Ao constatar que não há uma única palavra sobre o assunto. [A NASA pode não querer divulgá-la]. Leonardo Boff poderia desconfiar que esta informação sobre "simulador Schumann" não era muito confiável.

Curiosamente é até possível que as freqüências de Schumann tenham algum efeito sobre os seres vivos. Afinal, somos produtos de bilhões de anos de evolução, nos quais os ambientes terrestres exerceram forças fundamentais. Mas entre afirmar, em geral, que certo fator pode ter uma influência, e afirmar que ele é o responsável por todas as mazelas humanas, vai uma distância considerável. 

Porém, o fato é que, por milhares de anos as batidas do coração da Terra tinham essa frequência de pulsações e a vida se desenrolava em relativo equilíbrio ecológico. Ocorre que a partir dos anos 80 e de forma mais acentuada a partir dos anos 90 a frequência passou de 7,83 para 11 e para 13 hertz por segundo. O coração da Terra disparou. Coincidentemente desequilíbrios ecológicos se fizeram sentir: perturbações climáticas, maior atividade dos vulcões, recrudescimento do “el Niño”, maior degêlo nas calotas polares, aumento de tensões e conflitos no mundo e de comportamentos desviantes nas pessoas, entre outros. Devido à aceleração geral, a jornada de 24 horas, na verdade, é somente de 16 horas. Portanto, a percepção de que tudo está passando rápido demais não é ilusória, mas teria base real neste transtorno da ressonância Schumann.


O planeta deverá estar buscando formas de retornar a seu equilíbrio natural. E vai consegui-lo, mas não sabemos a que preço, a ser pago pela biosfera e pelos seres humanos. Apenas enfatizo a tese recorrente entre grandes cosmólogos e biólogos de que a Terra é, efetivamente, um superorganismo vivo, de que neste orbe a humanidade forma uma única entidade, como os astronautas testemunham continuamente lá de suas naves espaciais. Nós, seres humanos, somos Terra que num momento de sua evolução começou a sentir, a pensar, a amar e a venerar, e hoje, a se alarmar. Porque somos isso, possuimos idêntica natureza bioelétrica e estamos envoltos pelas mesmas ondas ressonantes Schumann.


Se quisermos que a Terra reencontre seu equilíbrio devemos começar por nós mesmos: fazer tudo com menos stress, com mais serenidade, com mais amor que é uma energia essencialmente harmonizadora. Para isso importa sermos um pouco anti-cultura dominante que nos obriga a ser cada vez mais competitivos e efetivos, gerando desequilíbrio generalizado nas relações humanas.

Mas afinal:
Qual a importância da Ressonância Schumann?

No âmbito da ciência, a Ressonância Schumann é um fenômeno de interesse quase exclusivo dos meteorologistas - ela permite monitorar indiretamente o nível global de incidência de descargas elétricas na atmosfera, pois grande parte delas ocorre em regiões isoladas ou inacessíveis. Muitos pesquisadores da NASA utilizam medidas da Ressonância Schumann rotineiramente para seus estudos da precipitação pluviométrica e do aquecimento global.
Como os relâmpagos estão associados às chuvas e tempestades e estas, por sua vez, à
temperatura do nosso planeta, o aumento da intensidade das ondas estacionárias detectadas indica maior incidência de descargas elétricas e estas, de chuvas e tempestades. E, por fim, o aumento da incidência destas últimas indica o aumento da temperatura do planeta.
Assim, um acréscimo de cerca de 7% na incidência de descargas elétricas permite inferir que há um aquecimento global da ordem de 1 ºC. Outras pesquisas mostram que este percentual pode variar, porém, em todas elas, fica evidente a relação direta do aumento das descargas elétricas, com o aumento da temperatura média do planeta. Mais recentemente, nos últimos dez anos, a Ressonância Schumann tem interessado também aos biofísicos e neurocientistas. Uma razão para justificar esse interesse está na coincidência entre as faixas de freqüências de ondas cerebrais detectadas nos eletroencefalogramas (ondas teta, de 4 a 7 Hz; ondas alfa, de 8 a 13 Hz e ondas beta, de 14 a 25 Hz). Há várias pesquisas já realizadas e outras em curso buscando encontrar possíveis relações e conseqüências decorrentes da proximidade entre os valores das nossas freqüências cerebrais e das freqüências da Ressonância Schumann.As freqüências naturais do cérebro humano são:

Ondas Beta (14 a 25 Hz)

Ondas Alfa (8 a 13 Hz)

Ondas Teta (4 a 7 Hz)

Ondas Delta (1 a 3,5 Hz)

Estes valores são médios, havendo algumas referências que citam outros valores, com pequenas variações. Verificar: ONDAS CEREBRAIS
As freqüências BETA são registradas durante a ativação extra do sistema nervoso central, ou
durante grande tensão. As freqüências ALFA têm sido associadas às pessoas adultas “ditas normais”, quando estão despertas, num estado calmo e repousante. As freqüências TETA ocorrem principalmente em crianças e, também, em estágios do sonho. As freqüências DELTA ocorrem o sono profundo, nos recém nascidos e em doença cerebral orgânica grave. Alguns experimentos mostram conexões entre os estados do cérebro e as ondas eletromagnéticas ressonantes, levantando a possibilidade de que o cérebro humano possa estar sintonizado com o planeta Terra.
O cérebro humano pode conter biomagnetita, o que pode dar a ele um senso eletromagnético. Isto forneceria um elo entre os cérebros e muitos tipos de fenômenos eletromagnéticos, inclusive, mas não limitado, aos fenômenos da Ressonância Schumann.
Pesquisas mostram que as freqüências de Ressonância Schumann interagem com o nosso cérebro, coordenando os pulsos elétricos, que nivelam à quantidade de seretonina e melatonina (substâncias reguladoras do ciclo diurno e noturno dos seres) do nosso organismo.
Esta matéria tem sido amplamente divulgada pela Internet, desde 2004, após uma publicação de Leonardo Boff (ex-padre e teólogo), baseado em dados do cientista norte-americano e geólogo Gregg Braden.

O tema é bastante controverso, pois várias áreas da ciência ainda estudam o fenômeno e pouco material se tem sobre o assunto. O importante é sabermos que estamos em “sincronismo” com o nosso planeta. Ou seja, variações que possam afetar o globo terrestre, afetarão o nosso meio-ambiente e, certamente, o ser humano.
Precisamos respirar juntos com a Terra para conspirar com ela em benefício de mais entendimento entre os seres humanos, de maior cuidado para com a Casa Comum e de uma paz mais duradoura para toda a humanidade.


Referências:

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