8 de junho de 2011

A PONTE DA INDIFERENÇA

As pessoas hesitam atravessar a ponte da indiferença porque temem o encontro com a própria dor ou condição.
Imaginamo-nos sempre jovens, bonitos, saudáveis e completos. Não imaginamos as perdas, a solidão, a velhice, a invisibilidade diante de uma sociedade que prefere fazer-se cega.


O "isso só acontece com os outros" toca mais nosso coração que o    "e se fosse comigo? E se fosse eu a ter perdido uma perna, o emprego, o amor ou minha dignidade?"
Se os corações conseguissem criar asas de vez em quando e colocarem-se no lugar dos outros, eles seriam mais abertos, menos cerrados e mais receptivos. Eles teriam olhos, ouvidos atentos, braços imensamente longos.


Evitamos os caminhos pedregosos, evitamos as situações impossíveis e as lágrimas alheias. Pensamos que não somos responsáveis pelos males da sociedade e por isso mesmo não devemos nos envolver. Nunca nos vemos desse lado da ponte onde carências existem e nem nos passa pela cabeça que o fio que separa um lado do outro seja tão ínfimo, tão frágil, tão delicado.


Colocar-se no lugar do outro dói menos que estar no lugar dele. Mas nem essa linha queremos atravessar!…
Se o fizéssemos haveria menos solidão, mais compreensão, menos suicídios, mais esperança, menos marginalização e uma possibilidade muito maior de um dia, se por acaso estivermos, pelos contrários da vida, do outro lado, uma mão estendida na nossa direção.


Autora: Letícia Thompson
Imagem: acurvadasletras.blogspot.com

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“O que for a profundeza do teu ser, assim será teu desejo.

O que for o teu desejo, assim será tua vontade.

O que for a tua vontade, assim serão teus atos.

O que forem teus atos, assim será teu destino.”

Brihadaranyaka Upanishad

Transforme-se em ti mesmo e descubra quem você é.

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Seja LUZ !!!

DEIXE A TUA LUZ BRILHAR

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Desperte para a regeneração da alma e do próprio corpo físico, começando por se desintoxicar daquilo que desequilibra a tua saúde física. Depure e purifique teus pensamentos, olhando mais para o Sol da verdade, do que para as nuvens da ignorância. Quem se faz luz não teme a escuridão, nem nevoeiros passageiros. Sabe que tudo que não for essencialmente divino, passa e se transmuta. Sendo assim, transmute-se!